Cultura propõe orçamento "próprio" para recuperar monumentos e sítios


Ndalatando - O director nacional do Património Cultural, Emanuel Caboco, advogou, nesta sexta-feira, em Ndalatando, província do Cuanza-Norte, a definição de um orçamento próprio para a recuperação, interpretação e musealização do património histórico, cultural e natural do pais, para o desenvolvimento do turismo.
De acordo com o responsável, é necessário que haja, a nível do Ministério da Cultura, uma verba própria neste sentido, além do movimento de sensibilização das instituições que usam estes monumentos.
Falando no Workshop sobre Cultura e Turismo, Emanuel Caboco disse que, fruto da mobilização e do empenho do Instituto Nacional do Património Cultural, hoje muitos edifícios foram recuperados.
Além das iniciativas do Ministério da Cultura, indicou haver outras como o fundo criado, em Agosto último, pela Presidência da República, para a recuperação da Fortaleza de Massangano, avaliado em mais de 12 milhões de dólares americanos.
Disse que, no âmbito da responsabilidade social de alguns parcerios, o Ministério está a trabalhar também para a recuperação de outros monumentos no município de Massangano, província do Cuanza-Norte, tal como aconteceu com a Igreja de Nossa Senhora da Vitória de Massangano.
Considerou que a falta de informação em relação a alguns lugares de memória (monumentos e sítios) e o desconhecimento da importância da história destes inibe todo o tipo de visitas e afecta também a investigação científica.
Apelou para o apoio do sector privado neste trabalho, acrescentando que, fruto da parceria público-privada, vários monunentos como o Palácio de Ferro, em Luanda, foram recuperados.
Organizado pelo Gabinete da Cultura e Turismo do Governo Provincial do Cuanza-Norte, o workshop visou saudar o Dia Mundial do Turismo, instituído pelas Nações Unidas e celebrado todos os anos, a 27 de Setembro.
O encontro debateu em dois paineis os temas “Património e Turismo: Factores de Desenvolvimento Sustentável do Cuanza-Norte”, “O fenomeno religioso como factor promotor da cultura e turismo, o caso das três perigrinações diocesanas do Cuanza-Norte”.
Este ano, a efémeride assinala-se com o lema “Turismo e Transformação Sustentável".