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Ministro da Cultura felicita poetisa Ana Paula Tavares pelo Prémio Camões 2025

Poetisa Ana Paula Tavares
Poetisa Ana Paula Tavares Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h36 11/10/2025 - Actualizado às 13h39 11/10/2025

Luanda - O ministro da Cultura, Filipe Zau, considera atribuição do Prémio Camões 2025 à escritora angolana Ana Paula Tavares um reconhecimento da fecunda e coerente trajectória da criação estética, marcada pelo resgate da dignidade da poesia e pela relevância histórica e antropológica da sua obra.

 Segundo uma nota de felicitação enviada, na quinta-feira, à imprensa, o ministro expressa orgulho e satisfação pelo reconhecimento internacional da escritora, poetisa e historiadora pela atribuição do mais alto galardão literário da Língua Portuguesa.

Natural do Lubango, província da Huíla, Ana Paula Tavares é considerada uma das vozes mais destacadas da Literatura angolana contemporânea.

A sua produção literária atravessa a poesia, a crónica e a ficção narrativa, sendo amplamente reconhecida pela profundidade simbólica e pela afirmação da sensibilidade feminina, refere a nota.

O ministro da Cultura considera a distinção um motivo de profundo orgulho nacional, sublinhando que “o reconhecimento internacional de Ana Paula Tavares honra o povo angolano e a literatura nacional”, reafirmando o papel da cultura como pilar da identidade e do património imaterial do país.

A embaixadora de Angola em Portugal, Maria de Jesus Ferreira, felicitou, também, a poetisa e historiadora angolana Ana Paula Tavares pela conquista, na quarta-feira, do Prémio Camões 2025.

A diplomata realça, em nota de imprensa, que foi com satisfação e orgulho que tomou conhecimento da distinta atribuição que lhe foi feita do Prémio Camões 2025, por parte da Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal.

Salienta que reconhece a vasta obra literária da professora Ana Paula Tavares, em prosa e poesia e de textos científicos, enche de orgulho toda a comunidade angolana residente em Portugal, reflectindo a forma como a cultura do país está inserida e é justamente valorizada pela sociedade portuguesa.

“A atribuição deste prémio é o justo reconhecimento da importância da Sua vasta obra literária e da crescente importância que tem no seio do mundo das letras que se expressa na língua portuguesa”, sublinha a embaixadora.

 

Nascida em 1952, na cidade do Lubango, em Angola, Ana Paula Tavares fez grande parte da sua carreira profissional académica em Portugal, sendo actualmente docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Foi nessa instituição onde se licenciou em História, em 1982, prosseguindo também aí um mestrado em Literatura Brasileira e Literaturas Africanas, concluído em 1996. Parte do seu percurso passou ainda pela Universidade Nova de Lisboa, onde fez o doutoramento de Antropologia da História, em 2010.

A escritora iniciou o seu percurso literário em 1985 com o livro de poesia Ritos de Passagem, editado, pela primeira vez, em Portugal em 2007 pela Editorial Caminho, que se tornou a sua editora portuguesa em 1999, com outra obra poética, O Lago da Lua.

Desde então, a agora chancela do grupo LeYa tem vindo a publicar todas as suas obras literárias, a mais recente das quais “Poesia Reunida” seguido de “Água Selvagem”, de 2024. Destacam-se ainda títulos como os livros de crónicas “A Cabeça de Salomé” (2004) e “O Sangue da Buganvília” (2023), assim como “Os Olhos do Homem que Chorava no Rio” (2005), romance escrito a quatro mãos com Manuel Jorge Marmelo.

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