Ministro da Cultura constata andamento das obras de reabilitação de infra-estruturas


Luanda - O ministro da Cultura, Filipe Zau, exortou os empreiteiros responsáveis pela execução de obras culturais de reabilitação das estruturas do Cine Teatro Nacional, da futura Cinemateca e do Centro de Restauro, Conservação e Digitalização do Arquivo Nacional a um maior dinamismo nos trabalhos.
Em declarações à imprensa, depois de visitas de constatação as obras em curso nos três empreendimentos, Filipe Zau reconheceu existirem alguns atrasos, em relação ao programa inicialmente previsto, assegurando que estão a ser criadas condições para que a execução física acompanhe a financeira e as mesmas estejam concluídas, entre Janeiro e Fevereiro de 2026.
Sublinhou que as obras no Cine Teatro Nacional deveriam terminar, em Agosto último, tendo os empreiteiros assegurado para Novembro próximo, adiantando que se está a trabalhar para que “a execução física e financeira caminhem juntas".
Filipe Zau apontou que, em relação a futura Cinemateca Nacional, que está a erguido nas instalações dos antigos cinemas Alfa 1 e 2), registam-se progressos e disse estar expectante com a conclusão das obras, no início de Janeiro próximo.
Manifestou preocupação com as condições climatéricas, que poderão também influenciar o calendário das inaugurações, inicialmente marcado para Novembro próximo, no quadro das comemorações dos 50 anos da Independência Nacional.
Relativamente ao Centro de Restauro, Conservação e Digitalização do acervo fílmico e cinematográfico do Arquivo Nacional, o titular da pasta da Cultura mostrou-se satisfeito com o andamento das obras, apesar da dependência em materiais importados, especialmente equipamento técnico.
Sobre o estado de conservação do acervo cinematográfico, lamentou a deterioração de várias películas e defendeu a importância da digitalização, sublinhando que “alguns filmes estão em avançado estado de deterioração”.
Reiterou a pretensão de se recuperar grande parte do acervo, entre os quais destacam-se obras históricas como o içar da Bandeira Nacional, em Novembro de 1975, o julgamento dos mercenários e o primeiro Carnaval da Vitória.
Referiu que as infra-estruturas culturais são instrumentos de identidade, desenvolvimento económico e diplomacia cultural.