Anunciados estudos para elevar o Semba a património cultural da humanidade
Luanda – O ministro da Cultura, Filipe Zau anunciou, esta quinta-feira, em Luanda, o início de estudos com especialistas da UNESCO para a elevação do estilo semba a património cultural imaterial da humanidade.
Segundo Filipe Zau, que falava na abertura da segunda edição do projecto semba, a iniciativa vai reforçar o reconhecimento internacional de um dos maiores símbolos da identidade musical angolana.
Sublinhou que a acção se enquadra na estratégia de valorização cultural que passa pela fusão da tradição e da modernidade, tendo feito uma abordagem sobre as várias acções realizadas visando o resgate dos valores culturais.
Destacou os avanços registados, entre os quais citou a conclusão das obras da Cinemateca Nacional, o início da construção do Palácio das Artes e a aprovação do projecto para a reconstrução de Mbanza Kongo, antigo centro do Reino do Congo.
Referiu-se ao crescimento do número de artistas interessados em obter a carteira profissional, o reforço da cooperação entre a União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC) e a Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (ARA), bem como a recuperação de peças museológicas expostas no Museu de Antropologia.
Entre as acções estruturantes em curso, sublinhou a construção da nova Biblioteca Nacional, a transformação da Fortaleza de São Francisco do Penedo em Museu da Luta de Libertação Nacional e o funcionamento do Centro Cultural Manuel Rui, na província do Huambo.
Defendeu a manutenção do diálogo entre o Estado e a sociedade civil, no sentido de definir políticas culturais ajustadas ao presente e ao futuro que se deseja, tendo assegurado que o reconhecimento do semba pela UNESCO será mais um marco na consolidação da identidade cultural angolana.
A segunda edição do projecto semba no conceito endógeno de tradição e modernidade decorre durante quatro dias com música, dança e exposições literárias sobre o semba.