GASTRONOMIA
Imagens sobre a gastronomia angolana na mostra fotográfica "Food Energy & Life
20/11/2025 12h33
Luanda - Um conjunto de 50 imagens sobre a culinária angolana foi exibido, quarta-feira, na abertura da mostra fotográfica “Food Energy & Life”, que está patente hoje no Palácio de Ferro, em Luanda.
Sob a curadoria do fotógrafo internacional Gabriele Galimberti, a exposição fotográfica é organizada pelo programa Eni for Clean Cooking, em Angola, segundo o JA Online.
Durante a inauguração, Gabriele Galimberti disse que é a segunda vez que se desloca ao país, explicando que o interesse por registos centrados em culinária surgiu há 15 anos, no âmbito do “Programa das Avós”, projecto que originou a produção focada em hábitos alimentares de várias regiões.
O curador da exposição acrescentou que a realização da mostra em Angola surge como extensão desse percurso.
As imagens expostas incluem diversas iguarias tradicionais, entre as quais o calulu de carne seca e funge, mufete, fúmbua, tortulho com funge de milho, moamba de galinha, mabelé, catato, dendém, múcua e bombó.
A proposta conduz visitantes por narrativa baseada em práticas culinárias, circuitos agro-alimentares e utilização de energia nos ambientes destinados à preparação de alimentos.
O secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto de Sousa, que assistiu ao acto inaugural, disse que a exposição reforça a valorização da gastronomia de Angola.
O governante sublinhou que a mostra evidencia locais de produção e modos de confecção de alimentos, contribuindo para a promoção de conhecimento ligado ao consumo e preservação de recursos alimentares.
“A realização de exposições fotográficas dedicadas à culinária fortalece os processos de preservação de práticas culturais, registos visuais que permitem a criação de arquivo que documenta técnicas, ingredientes, utensílios e modos de produção presentes em várias regiões, garantindo a continuidade de saberes transmitidos por gerações. Iniciativas desse tipo contribuem para a circulação de conhecimento e para o reforço da identidade colectiva”, afirmou.
A presença de obras fotográficas voltadas para hábitos alimentares permite a expansão de debates sobre memória, tradição e sustentabilidade.