PATRIMóNIO CULTURAL

Presidente do Conselho Europeu defende construção do futuro com conhecimento do passado

Presidente do Conselho Europeu, António costa, durante a visita a Fortaleza de São Francisco de Penedo, em LuandaImagem: Edições Novembro

26/11/2025 11h34

Luanda - O presidente do Conselho Europeu, António Costa, disse, esta terça-feira, em Luanda, que o futuro deve ser construído com base no conhecimento do passado, composto por episódios gloriosos e também dolorosos.

António Costa falava depois da visita a Fortaleza São Francisco de Penedo, que está a beneficiar de obras de restauro e apetrechamento para se tornar no Museu da Luta de Libertação de Angola.

Recordou que a Fortaleza de São Francisco do Penedo funcionou, no passado, como um espaço de defesa da cidade de Luanda contra os invasores, assim como uma prisão política e "depósito de escravos", esta última função considerada por Costa como "muito mais dramático da história da humanidade".

Em declarações à imprensa, António Costa disse que a história dos povos de Angola e de Portugal, reconciliada 50 anos depois, manifesta uma experiência que culminou com a velha narrativa de um "Portugal único e indivisível".

"Os dois povos tiveram uma luta de libertação gémea contra a ditadura e o colonialismo, por isso, meio século depois, os portugueses festejam a mesma alegria que os angolanos o fazem na Independência", sublinhou António Costa, que esteve acompanhado na visita pelo ministro angolano da Cultura, Filipe Zau.

Esta é a segunda visita de António Costa à Fortaleza de São Francisco do Penedo, tendo a primeira ocorrido, em 2023, na qualidade de Primeiro-Ministro de Portugal.

Uma das responsáveis da obra, Claudina Quengue, revelou que a entrega da empreitada ao Ministério da Cultura está prevista para Agosto do próximo ano, adiantando que a obra está na ordem de 39 por cento, em termos de execução, compreendendo a primeira fase de consolidação do edifício.

A Fortaleza de São Francisco do Penedo é um monumento histórico em processo de requalificação, integrado na linha de financiamento Portugal-Angola, que vai passar a ser o Museu da Luta pela Libertação Nacional de Angola.

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