Luanda – As cartas escritas pelo nacionalista angolano Francisco Clemente Viriato da Cruz foram entregues, quinta-feira última, em Luanda, aos seus familiares, pelo ministro angolano da Cultura, Filipe Zau.

De acordo com Filipe Zau, que recebeu em audiência Marília da Cruz, filha do igualmente escritor Viriato da Cruz, a história de Angola faz-se todos os dias, a medida que se encontram novas fontes originais e confiáveis, como são as cartas do nacionalista.

Disse que vão continuar a trabalhar, nos domínios da investigação científica e na recolha de dados, para incorporar mais conhecimento e dados na história angolana.

Marília da Cruz referiu ser um privilégio estar em contacto com escritos ligados à história de Angola, sublinhando que “são correspondências que ele teve com outras pessoas e que, depois de muito tempo, chegam às nossas mãos”.

Viriato da Cruz foi um dos principais criadores do Movimento dos Novos Intelectuais de Angola, em 1948, e da revista Mensagem (1951-1952).

Nasceu na localidade de Kikuvo, no Porto Amboim (província do Cuanza Sul), em 1928, e morreu, em 1973.