CINEMA
Realizadores angolanos participam do júri do festival de cinema e migração
04/12/2025 10h27
Luanda – Os cineastas e realizadores angolanos Dom Pedro e Pocas Pascoal fazem parte do corpo de jurado da vigésima primeira edição do Festival Internacional de Cinema e Migração, a decorrer de 08 a 13 do corrente mês, em Agadir (Marrocos).
Uma nota dos Serviços de Comunicação Institucional e Imprensa da Embaixada de Angola em Marrocos, tornada pública esta terça-feira, indica que o festival inclui a exibição de oito longas-metragens e oito curtas-metragens sobre o tema da migração.
As obras foram produzidas entre 2024 e 2025 e representam vinte países.
A avaliação das longas-metragens está confiada a um júri internacional de cinema, presidido pelo romancista e diplomata marroquino Abdelkader Chaoui, integrando os realizadores Maéva Ranaïvojaona (Madagascar), Dom Pedro (Angola), Hamid Basket (Marrocos) e Sérgio Tréfaut (Brasil).
Este ano, o festival institui um prémio em homenagem a Paulin Soumanou Vieyra, cineasta e crítico do Benim, que viveu entre 1925 e 1987.
O prémio será entregue por um júri de críticos de cinema presidido por Mohammed Chouika, com a assistência de Ahmed Sijilmassi e Abdelkrim Wakrim.
Na categoria de curtas-metragens, o júri é presidido pela realizadora angolana Pocas Pascoal e composto pela jornalista e activista cultural marroquina, Amina Bencheikh, e pelo jornalista e actor Lahoucine Echaabi.
O evento vai homenagear a franco-senegalesa Rama Yade, ex-secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e dos Direitos Humanos da República Francesa, o realizador e actor belga-marroquino Nabil Benyadir e o produtor e realizador marroquino Fouad Challa.
O festival inclui exibições de filmes, encontros artísticos e culturais, workshops temáticos e conferências sobre diversos temas relacionados com a arte e questões de migração.
O cineasta angolano Dom Pedro está radicado em França e tem trabalhado, ao longo da sua carreira, em vários projectos culturais, tendo conquistado notoriedade, em 2011, com o filme “Tango Negro: As raízes africanas do tango”, que, dois anos mais tarde, venceu o Festival Internacional de Cinema de Angola.
Por seu lado, Pocas Pascoal faz a sua vida entre Angola, França e Portugal, tendo criado, em 1998, a sua primeira curta-metragem e, alguns anos mais tarde, realizou o “Por Aqui Tudo Bem”, a sua primeira longa-metragem de ficção.
Os filmes dos cineastas e realizadores angolanos constam, igualmente, da lista de filmes a serem exibidos ao longo da desta edição do Festival Internacional de Cinema e Migração de Agadir.