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Dezasseis anos de história do futebol angolano

Meio-campo Marcos Joaquim, o "Miloy"
Meio-campo Marcos Joaquim, o "Miloy" Imagens: Anselmo Gaspar/Agência GINGA

Publicado às 08/10/2021 11h14 - Atualizado às 08/10/2021 11h17

Sempre que o calendário vira a página e marca 8 de Outubro, os angolanos exultam com a memorável qualificação inédita ao campeonato do mundo de futebol (Alemanha 2006).

Passados dezasseis anos, dessa vez não foi diferente. Estamos lembrados do jogo Rwanda versus Angola, no estádio de Kigali, o maior feito da história do futebol angolano. Para recordamos essa data, trouxemos o ex-craque dos palancas negras. Marcos Joaquim “Miloy”.

Agora nas vestes de treinador adjunto do Inter Clube, Miloy afirma que é uma recordação que nunca sairá de sua memória e de todo o povo angolano. Considerando como o maior sonho enquanto futebolista.

“Numa altura em que Angola jogava em simultâneo com a Nigéria e em igualdade pontual, o medo e o receio de não ganharmos era tanto. Enquanto a Nigéria ganhava por quatro golos, nós estávamos todos nervosos. O golo demorava em chegar e quando Akwá marcou, foi uma grande explusão. Eu que estive no campo senti, imagine o povo angolano que não esteve em campo! Espero que a nossa seleção volte a nos dar à alegria como a de Kigali”, afirmou com satisfação.

“Ouviu-se que o Rwanda recebeu um prémio para perder, mas foi tudo mentira”, referiu. A massa associativa fez-se presente em Kigali e o ex internacional angola recorda com satisfação. “A vitória não foi só nossa “que estávamos em campo”. A falange de apoio que recebemos nas bancadas motivou-nos muito. E a vitória foi de todos os angolanos. Neste dia, ainda no Rwanda, ouvimos que no país ouve incidentes por causa do jogo”, declarou sorrindo.

Questionado se há reconhecimento dos mundialistas por parte do executivo angolano, Miloy declara que não. “Quando há jogo da seleção nós não somos convidados. Deveria-se convidar os mundialistas para acompanhar de perto alguns jogos da seleção nacional”, disse com tristeza no rosto.

“A actual situação da seleção sénior é caótica. Há falta de apoio por parte dos dirigentes para traçar novos objectivos no futebol. Talento nós temos e se formos lembrar, havia mais jogadores dentro do campeonato interno e alguns que vinha de fora. Essa é a grande diferença que existe”, concluiu.

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