JOGOS OLíMPICOS

Paris-2024: EUA e China empatam no quadro de medalhas

Medalhas dos jogos olímpicos de Paris 2024 - DR
Medalhas dos jogos olímpicos de Paris 2024Imagem: DR

12/08/2024 14h54

Paris - EUA e China terminaram os Jogos Olímpicos de Paris empatados no número de ouros (40 para cada). É a primeira vez desde Atenas-1896 - quando se deu início à era moderna dos Jogos - que as nações que lideram o quadro de medalhas ficam igualadas no critério. No último dia em Paris-2024, a delegação americana garantiu dois ouros e superou os rivais chineses.

Antes do empate em Paris-2024, duas edições chegaram perto nesse quesito: Atenas-1896 e Tóquio-2020, com uma medalha de ouro de 'diferença'. Em ambos os casos, os EUA terminaram à frente, superando Grécia e China, respectivamente.

Em 2024, os Estados Unidos também foram o país que mais conquistou medalhas (126). A China, que ficou atrás no quadro de medalhas, acumulou 91 pódios ao longo das últimas duas semanas. A cerimónia de encerramento aconteceu domingo às 20h00 de Angola.

Além dos EUA, outras quatro nações terminaram ao menos uma edição à frente no quadro de medalhas. Alemanha (1936), Grã-Bretanha (1908), China (2008) e Rússia (1972, 1976, 1980 e 1988). Além destas, em Barcelona-1992, o Time Unificado, que contava com atletas dos países da extinta URSS, competiram juntos e lideraram os Jogos.

A Carta Olímpica, conjunto de regras e guias para a organização dos Jogos Olímpicos, e para o comando do Movimento Olímpico, aborda esse tema, no capítulo 1, secção 6: "Os Jogos Olímpicos são competições entre atletas individuais ou entre equipas, e não entre países." Este documento foi actualizado pela última vez em Outubro de 2023 e esteve em vigor em Paris-2024.

Até os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, o COI seguia essa regra à risca. Na Carta, no capítulo 5, secção 57, diz que o Comité Organizador dos Jogos não elabora nenhuma classificação oficial de países e que cabe à organização das Olimpíadas definir um quadro de honra com os medalhistas.

Mas para Paris-2024 isso foi alterado e a carta de regras diz apenas que o COI pode criar um quadro de medalhas para fins informativos e que a organização dos Jogos, com autorização do COI, pode utilizar esta tabela.

Noruega conquista medalha de ouro

A selecção da Noruega conquistou sábado, a medalha de ouro do torneio sénior feminino de andebol da 33ª edição dos Jogos Olímpicos de Paris, ao derrotar a França, por 29-21, que encerrou domingo com a disputa da Maratona no sector feminino.

Apesar do apoio do público, as francesas não foram capazes anularem o jogo ofensivos das norueguesas, que dominaram completamente a partida, para o desalento dos adeptos.

Por sua vez, a Dinamarca, campeã olímpica em 1996, 2000 e 2004, arrebatou a medalha de bronze, com um triunfo por 30-25 frente à Suécia.

Medalha de bronze nos Mundiais de 2021 e 2023 – este último com um triunfo frente à Suécia (28-27) - e de prata no Europeu2022, a Dinamarca, que na fase de grupos também venceu as suecas (25-23), sabia o que fazer para chegar ao pódio.

Queniana Faith é tricampeã e quebra recorde Olímpico

A atleta queniana Faith Kipyegon brilhou, sábado, na pista do Stade de France ao conquistar, pela terceira vez consecutiva, a medalha de ouro na prova de 1.500 metros. Com um tempo de 3 minutos, 51 segundos e 29 centésimos, Kipyegon reafirmou a sua supremacia na distância de forma espectacular.

Faith Kipyegon já havia subido ao pódio mais alto nas Olimpíadas do Rio 2016 e Tóquio 2020. Além de conquistar a sua terceira medalha de ouro, também estabeleceu um novo recorde olímpico na prova, superando a sua marca anterior de três anos.

A tricampeã olímpica também detém o recorde mundial, estabelecido em Julho durante a etapa da Diamond League em Paris. A prata foi para a australiana Jessica Hull, com um tempo de 3 minutos, 52 segundos e 56 centésimos. O bronze ficou com a britânica Georgia Bell, que marcou 3 minutos, 52 segundos e 61 centésimos.

 

 

China domina no halterofilismo

A China, com cinco medalhas de ouro em 10 provas, foi a grande dominadora do halterofilismo em Paris’ 2024, que confirmou o georgiano Lasha Talakhadze como uma das figuras mais proeminentes da modalidade, ao conquistar o terceiro título olímpico.

Talakhadze levantou um total combinado de 470 kg e solidificou o estatuto de homem mais forte do olimpismo, conquistando o terceiro ouro seguido da categoria mais pesada, que em Paris se situou em +102 kg, depois de no Rio2016 e em Tóquio2020 ter sido colocada em +105 kg e +109 kg, respectivamente.

Apesar do protagonismo de Talakhadze e da supremacia chinesa, o resultado mais destacado foi obtido pelo búlgaro Karlos Nasar, que abrilhantou a estreia no maior evento desportivo com o recorde do mundo da categoria de 89 kg, ao levantar 404 kg (180 kg no arranco e 224 no arremesso, também máximo mundial).

A norueguesa Solfrid Koanda também esteve em evidência na capital francesa, com a obtenção de novo recorde olímpico em 81 kg, com um total de 275 kg, tal como a chinesa Luo Shifang, na categoria de 59 kg, ao levantar 241 kg.

Além de Shifang, subiram ao lugar mais alto do pódio as compatriotas Hou Zhihui (49 kg) e Li Wenwen (+ 81 kg), que revalidaram os títulos conquistados em Tóquio2020 (+87 kg no caso da categoria mais pesada), e, no sector masculino, Li Fabin (61 kg), igualmente campeão no Japão, e Liu Huanhua (102 kg).

Tamirat Tola bate recorde e é campeão da maratona

Tamirat Tola é o mais novo campeão olímpico na maratona. O atleta etíope de 32 anos conquistou, sábado, a medalha de ouro em Paris, após correr os 42,195 km para 2h06m26s e bater o recorde de tempo na distância em Jogos Olímpicos.

Bicampeão olímpico, Eliud Kipchoge teve problemas no início, abandonou a prova e não conseguiu se tornar o primeiro atleta a conquistar o tri em Jogos Olímpicos.

Entretanto, Tamirat Tola foi medalha de bronze nos 10.000 m dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, Brasil, em 2016. Correndo pela primeira vez a maratona olímpica, o atleta etíope liderou grande parte da prova e correu isolado os últimos 12 km. O atleta quebra o recorde de tempo da maratona mesmo com um percurso considerado difícil, com muitas subidas e descidas.

Tamirat Tola era competidor de provas de fundo em pista e de corridas de cross-country. Ele venceu a Maratona de Nova York com o tempo de 2h04m58s em Novembro de 2023. Desta vez, o etíope bateu em seis segundos o recorde olímpico, que pertencia a Samuel Wanjiru, que correu a maratona em 2h06m32s em Pequim, em 2008.

 

 Mijáin López conquista quinta medalha de ouro

A inédita quinta medalha de ouro consecutiva do cubano Mijáin López na final de 130 kg marcou, e catapultou mediaticamente, o torneio olímpico de luta greco-romana dos Jogos Paris2024, dominado pelo Japão.

Na Arena Champs de Mars, o cubano, que também é pentacampeão mundial, tornou-se, aos 41 anos, no primeiro desportista a conquistar cinco medalhas de ouro consecutivas na mesma categoria numa prova individual, depois de bater na final o chileno Yasmani Acosta.

Mijaín López, "descolou" dos norte-americanos Michael Phelps, Carl Lewis e Katie Ledecky.

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