Luanda – Angola conquistou nove medalhas de ouro, 24 de prata e 17 de bronze nos quartos Jogos Africanos da Juventude, encerrados fim-de-semana ultimo, em cerimónia orientada pelo ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, no pavilhão da Cidadela, em Luanda.

Com um total de 50 medalhas, Angola ficou em sétimo lugar no quadro geral, liderado pela África do Sul, que conquistou 105, sendo 45 de ouro, 43 de prata e 17 de bronze.

No seu discurso de encerramento, Rui Falcão sublinhou o significado dos jogos para o continente, considerando ter ficado a experiencia e unidade africana, sublinhando que “mais do que medalhas, ficaram valores. Mais do que resultados, ficaram experiências e mais do que competição, ficou unidade africana”.

“Angola orgulha-se de ter recebido África com responsabilidade, simplicidade e sentido de missão. Os jogos provaram que o desporto africano começa de facto na base. Eles mostraram que é possível organizar com rigor e competir com respeito”, referiu.

Argélia, com 39 medalhas de ouro, 26 de prata e 36 de bronze, ficou em segundo lugar, seguida do Egipto, com 33 de ouro, 22 de prata e 21 de bronze.

A cerimónia foi preenchida com desfile das 54 delegações participantes, entoação dos hinos de Angola e do movimento olímpico, intervenção do presidente da Associação dos Comités Nacionais Olímpicos Africanos (ACNOA), além de um momento cultural.

Realizados de 10 a 20 do corrente mês, nas províncias de Luanda e do Bengo, sob o lema “Juventude em movimento, África unida”, os quartos Jogos Africanos da Juventude foram disputados em 21 modalidades, engajando dois mil e 25 atletas, em representação de 54 países.

O evento multidisciplinar visou estimular o espírito de fraternidade e unidade africana, fomentar o intercâmbio cultural, educativo e humano entre os povos, potenciar a formação técnica, física e ética dos atletas, bem como reforçar os valores olímpicos de respeito, excelência e solidariedade..

O atletismo apresentou o maior número de praticantes, com 364, seguido da natação (224), taekwondo (182), judo (173) e Karaté (165), ao passo que Angola teve a delegação mais extensa, com 165 atletas.

Entre as delegações mais numerosas estiveram igualmente a Argélia, com 151 atletas, a Tunísia (137), África do Sul (108) e o Egipto (105), tendo sido as Ilhas Seychelles, com quatro, Malawi e Somália, ambos com três, os países menos representados

Etiópia acolhe a quinta edição dos Jogos Africanos da Juventude

A Etiópia vai acolher, em 2029, a quinta edição dos Jogos Africanos da Juventude, tendo recebido o testemunho no encerramento da quarta edição, realizada no pavilhão da Cidadela, em Luanda.

A bandeira foi entregue pelo presidente da ACNOA, Mustapha Berraf.

Em Luanda, para além dos jogos, realizaram-se o Fórum da Associação dos Comités Olimpicos de Língua Portuguesa e a Assembleia Geral extraordinária da ACNOA (Associação dos Comités Olímpicos Nacionais Africanos).

A primeira edição dos Jogos Africanos da Juventude decorreu na cidade de Rabat (Marrocos), em 2010, com apenas 16 modalidades e mais de mil participantes.

Em 2014, aconteceu a segunda edição, na cidade de Gaborone (Botswana), em 21 modalidades e cerca de dois mil atletas participantes, enquanto a terceira realizou-se na Argélia, com 30 modalidades em disputa e perto de três mil e 300 participantes.

ACNOA agradece Angola pelo apoio

O presidente da Associação dos Comités Olímpicos Nacionais Africanos (ACNOA), Mustapha Berraf, elogiou a forma como as autoridades angolanas se empenharam na realização dos quartos Jogos Africanos da Juventude.

Ao discursar na cerimónia de encerramento, que decorreu no pavilhão da Cidadela, Berraf disse ter sido uma jornada formidável em que o Ministério da Juventude e Desportos, o Comité Organizador angolano e os voluntários foram determinantes para o alcance dos êxitos desportivos.

“Obrigado Angola pela hospitalidade, pela amabilidade e bondade. A nossa imensa gratidão a todos,” referiu, adiantando que foram vividos dias fabulosos e que estão orgulhosos com as autoridades angolanas, que não pouparam esforços para o sucesso da competição.

O atletismo apresentou o maior número de praticantes, com 364, seguido da natação (224), do taekwondo (182), do judo (173) e do karaté-dó (165).