HOTELARIA
Reconstrução do Hotel Panorama vai custar cerca de 50 milhões de dólares

03/08/2023 07h20
A reconstrução do Hotel Panorama vai custar cerca de cinquenta milhões de dólares americanos, segundo estimativas avançadas pelo Conselho de Administração da Fundação Sagrada Esperança, proprietária do imóvel desde 2017.
A Fundação Sagrada Esperança (FSE) e o Grupo ALCAAL Angola assinaram, terça-feira, em Luanda, um Memorando de Entendimento para reconstrução do imóvel, que se encontrava abandonado há quase 30 anos.
O Memorando de Entendimento foi assinado entre os presidentes do Conselho de Administração da Fundação Sagrada Esperança (FSE), Roberto de Almeida, e o do Grupo ACAAL Angola, Jorge Amaral.
Roberto de Almeida disse à imprensa que, no quadro do Memorando assinado, as actuais estruturas do Hotel serão demolidas para dar lugar a um outro projecto de raiz a ser erguido em 36 meses, prevendo-se a criação de 600 a 700 novos postos de trabalho.
“Devemos ainda adquirir as devidas licenças, autorizações das entidades competentes, como o Governo de Luanda e outras. Assim que as tivermos vamos começar com os trabalhos”, confirmou.
O novo empreendimento vai dispor de 175 quartos, dos quais 160 suites, 10 suítes master e cinco presidenciais, além de um centro de convenções para cerca de 500 pessoas, assim como espaços para um SPA, piscinas e restaurante panorâmico, discoteca, galeria comercial e um parque de estacionamento.
Olhando para a posição do hotel, com vista para o mar, Roberto de Almeida antevê a atracção de turistas, que terão actividades náuticas e outras modalidades desportivas.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração do Grupo ACAAL Angola, Jorge Amaral, referiu que todas as infra-estruturas e os alicerces do hotel estão totalmente destruídos pelo efeito do mar e por não ser usado há cerca de duas décadas.
O responsável considera que o novo Hotel Panorama vai valorizar ainda mais a área da cidade de Luanda e revitalizar o turismo.
Considerado um projecto emblemático, o Hotel Panorama foi construído há cerca de 50 anos e foi durante muitos anos o único com cinco estrelas em Luanda.
Em 2007, foi despromovido, pelo Ministério de Hotelaria e Turismo, para a categoria de uma estrela, depois de passar por um processo de decadência, que começou durante a guerra civil e se acentuou por falta de investimento em obras de manutenção.
O empreiteiro, Grupo ALCAAL Angola, é uma empresa de direito angolano com mais de 700 trabalhadores.