Luanda - O aproveitamento hidro-eléctrico da Matala (província da Huíla) passa a produzir 51 megawatts de energia, depois da sua reinauguração, prevista para sexta-feira (31).

O aumento da capacidade resulta da ampliação da barragem e entrada em funcionamento das três renovadas turbinas, que elevam a anterior produção de 30 para 51 megawatts, num investimento de cerca de 106 milhões 940 mil 676 Euros, aplicados na reabilitação dos equipamentos da central hidro-eléctrica e na rede eléctrica da vila da Matala.

A entrada em funcionamento do aproveitamento da Matala vai levar mais energia às comunidades das províncias da Huíla e do Namibe e diminuir as avultadas somas monetárias que o governo gasta diariamente com compra de combustível para geração de energia térmica.

Com a energização da central hidro-eléctrica da Matala, o consumo mensal de gasóleo, na província da Huíla, passou de 16 milhões de litros, em Dezembro de 2022, para sete milhões de litros, em Abril último, segundo indica uma nota do Ministério da energia e Águas.

Na província do Namibe, o consumo de gasóleo passou de sete milhões de litros, em Dezembro de 2022, para 3.6 milhões de litros, em Abril passado.

A barragem da Matala, uma das 14 que o país possui, começou a ser construída em 1954, e a sua capacidade instalada inicial era de 18 megawatts.

O presidente do Conselho de Administração da Empresa de Produção de Electricidade (PRODEL), Pedro Afonso, disse à imprensa que o investimento enquadra-se no plano do Executivo para a melhoria da qualidade de vida da população, que passa pela reabilitação e construção de infra-estruturas geradoras de energia eléctrica. 

Adiantou que, para além das turbinas, foi reabilitado o sistema de supervisão e controlo, assim como houve obras de beneficiação dos sistemas de extinção e combate a incêndios e melhorados os sistemas de serviços auxiliares.

A sub-estação de distribuição da Matala também foi renovada, no quadro da interligação da linha Centro e Sul, a ser tratada pela Rede Nacional de Transporte (RNT), para dar a Huíla um sistema mais robusto.