ELETRICIDADE
Angola triplicou capacidade de produção eléctrica em apenas oito anos

10/05/2024 06h55
Luanda – Angola ampliou a sua capacidade instalada de produção de energia eléctrica de 2.400 megawatts em 2015 para 6.200 megawatts em 2023, o que representa um aumento de 258%, nos últimos oito anos.
De acordo com o secretário de Estado da Energia de Angola, Arlindo Bota, neste período (2015-2023), a produção de energia por fonte hídrica passou dos 39% para cerca de 60% e a geração por fontes térmicas decresceu de 61% para 36%.
Com a queda da produção de energia por fonte térmica, Angola também reduziu o consumo anual do gasóleo nas centrais termoeléctricas, passando dos 1,36 mil milhões de litros, em 2015, para cerca de 560 milhões de litros consumidos em 2023, um decréscimo de quase 60% em oito anos.
O governante, que falava na abertura do 14.º Fórum Água, Energia e Ambiente, deu a conhecer também que Angola dispõe atualmente de uma taxa de electrificação de 43% e que dez das 18 províncias angolanas estão ligadas à rede nacional de transporte de energia.
“Temos um 'excedente' de produção de energia, sendo prioridade do sector proceder à interligação das demais províncias, concorrendo este objetivo para o aumento da taxa de electrificação até 50% no ano de 2027”, disse.
Neste encontro, promovido pela Organização de Jovens Empresários da União Europeia (JEUNE), em parceria com a Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, Arlindo Bota sinalizou que o referido desenvolvimento na matriz elétrica do país resulta de importantes investimentos.
Destacou a conclusão do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que tem uma capacidade de produção de 2.070 megawatts, e a construção do Aproveitamento Hidroeléctrico de Caculo-Cabaça, que deve atingir a produção de 9.000 megawatts, como investimentos relevantes do setor.
Como expressão da preocupação com a preservação do ambiente, acrescentou, o executivo angolano, por via do Ministério da Energia e Águas, tem dado continuidade às ações de diversificação sustentável da sua matriz energética, tendo concluído, em 2022, as centrais fotovoltaicas do Biópio e da Baía Farta.