BARRAGENS
Vinte barragens carecem de atenção e reabilitação

22/05/2024 12h00
Luanda - Vinte das 189 barragens existentes em Angola carecem de reabilitação, devido ao seu estado de degradação, entre as quais as da Quiminha, na província do Bengo, e do Lomaum, em Benguela.
Em declarações à imprensa, no final da nona reunião do Conselho Nacional de Águas, orientada pela Vice-Presidente da República, Esperança da Costa, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, disse que foram já identificadas 20 barragens, em oito províncias do país, que necessitam de intervenção.
o Projecto de Inventariação de Inventariação Nacional de Barragens, que visa manter e melhorar a segurança de barragens, bem como garantir a sua segurança a longo prazo, foi terça~feira apreciado na nona sessão ordinária do Conselho Nacional de Águas (CNA).
O ministro da Energia e Águas apontou a importância de se fazer uma análise do estado da integridade das barragens, porque “ a sua segurança é extremamente importante para as populações”, destacando que as barragens da Quiminha e do Lomaum estão em condições estruturais de degradação acentuada.
Revelou que as duas barragens estão já em fase de reabilitação, considerando que a preocupação das autoridades é assegurar que todas as infra-estruturas de produção de energia eléctrica e de acumulação de água por retenção se encontrem em “condições aceitáveis e não apresentem nenhum risco de colapso”.
O Projecto de Inventariação Nacional de Barragens inscreve uma avaliação detalhada da segurança das 20 barragens, localizadas no Biópio, Calonga, Calueque, Cambambe, Capanda, Chicava, Chicungo, Cuando, Dungo, Gandjelas, Gove, Laúca, Lomaum, Mabubas, Matala, Neves, Novagrolíder A, Quiminha, Quipungo e Tundavala, que se situam nas províncias de Benguela, Huíla, Cunene, Cuanza Norte, Cuanza Sul, Malanje, Huambo e Bengo.
O encontro, presidido por Esperança da Costa, analisou igualmente o Cadastro Nacional dos Recursos Hídricos, que envolve várias infra-estruturas construídas ao longo dos rios, destinado a reforçar a capacidade institucional, bem como evitar conflitos de usos dos recursos hídricos.
A Estratégia de Protecção e Preservação de Nascentes dos Principais Rios do País, documento que identifica uma série de factores que levam à degradação das nascentes com impacto ambiental negativo esteve também em análise na reunião.
Os participantes foram também informados sobre os passos para a criação de uma entidade para a gestão do Canal do Cafu, infra-estrutura com 165 quilómetros de extensão e 31 reservatórios de água, localizada na província do Cunene. A referida entidade, segundo o ministro da Energia e Águas, deve iniciar funções em 2025.
Orçado em 44 mil milhões, 358 milhões e 360 mil e 651 Kwanzas, o canal do Cafu foi inaugurado em Abril do ano passado pelo Presidente da República, João Lourenço.
O Conselho Nacional de Águas foi criado pelo Decreto Presidencial n.º 76/17, de 20 de Abril, e é um órgão permanente consultivo do Titular do Poder Executivo, de coordenação entre os diferentes departamentos ministeriais, ligados directa e indirectamente à gestão e utilização dos recursos hídricos.