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Angola destaca Planagrão na Cimeira Coreia-África

Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano
Ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano Imagens: Angop

Redacção

Publicado às 11h35 06/06/2024 - Actualizado às 11h35 06/06/2024

Luanda - O ministro de Estado para Coordenação Económica, José de Lima Massano, realçou, em Seul (Coreia do Sul), a implementação do Plano Nacional de Fomento à Produção de Cereais (Planagrão), ao abrigo do qual milhares de hectares de terra estão a ser reservados para a plantação de arroz, milho, trigo, soja e outros cereais.

Ao falar na Cimeira Coreia-África, realizada entre os dias 4 e 5 do corrente mês, em Seoul, adiantou que o plano está a ser desenvolvido com o envolvimento de investidores privados, para responder às necessidades de segurança alimentar e de capacidade sustentável de exportação de alimentos.

Salientou igualmente as potencialidades do país e as medidas que têm sido implementadas, pelo Executivo angolano, com vista à diversificação da economia nacional.

José de Lima Massano, que intervinha em representação do Presidente da República, João Lourenço, explicou que, no domínio energético, Angola possui vantagens comparativas na produção de energia renovável, nomeadamente solar e hídrica, com uma capacidade que vai exceder, em breve, a procura local e permitir a sua exportação, criando novas oportunidades de investimento, graças aos recursos naturais do país e a sua localização geográfica.

Ressaltou as extensas áreas sub-exploradas do país, onde se estima que existam reservas consideráveis de minerais críticos, incluindo cobre, cobalto, manganês e lítio, o que leva as autoridades angolanas a adoptar estratégias para aumentar a atractividade do sector junto dos investidores, como a adesão de Angola, em 2022, à Iniciativa de Transparência nas Indústrias Extractivas, para promover a transparência.

Realçou as boas relações de amizade entre Angola e a Coreia, recordando a assinatura, há 30 anos, do primeiro Acordo Geral de Cooperação Económica, Técnica e Científica, que tem viabilizado os laços comerciais entre os dois países, com destaque para a construção de petroleiros, transportadores de LNG, navios-sonda e plataformas marítimas à indústria petrolífera angolana.

Recordou a recente visita do Chefe de Estado angolano à Coreia, durante a qual foram assinados vários instrumentos jurídicos, com vista ao reforço da cooperação e atracção de investimento sul-coreano.

No quadro da cimeira, após participar no Fórum de Negócios Coreia-África, o ministro assinou, com as autoridades sul-coreanas, o memorando de entendimento sobre o projecto denominado "Cinturão do Arroz K" (K-Rice belt), visitou o museu da Samsung e abordou, com uma delegação da Hyundai Engineering Co. Ltd, aspectos sobre possíveis projectos de cooperação e investimentos em Angola.

O projecto K-Rice belt é uma iniciativa da Coreia com diversos países africanos, destinada a promover a cooperação para o aumento do cultivo do arroz.

A Cimeira visou aprofundar as relações de amizade e de cooperação entre a Coreia e África, com o intuito de assegurar o desenvolvimento sustentável do continente africano e do país asiático.

Integraram a delegação angolana, os secretários de Estado para Cooperação Internacional e Comunidades do Ministério das Relações Exteriores, das Finanças e Tesouro, para as Florestas e o embaixador de Angola na Coreia.

Participaram na Cimeira 48 delegações africanas, entre as quais 25 chefiadas por chefes de Estado, destacando-se os presidentes de Moçambique, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

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