Economia

Economia


PUBLICIDADE

Executivo investe no combate à pesca ilegal

Pesca em Angola
Pesca em Angola Imagens: verangola.net

Redacção

Publicado às 13h09 07/06/2024 - Actualizado às 13h34 07/06/2024

Luanda - A pesca ilegal em angola provoca prejuízos de cerca de 20 mil milhões de Kwanzas por ano, revelou, esta quinta-feira, em Luanda, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos, Carmem do Sacramento Neto.

Durante a décima quinta edição do CaféCIPRA, Carmem do Sacramento Neto adiantou que o Executivo angolano vai investir na fiscalização para fazer um combate cerrado a pesca ilegal.

Na edição do CaféCIPRA, que abordou o tema “Os investimentos no sector pesqueiro e o seu impacto no desenvolvimento económico e social do país”, adiantou que “temos um compromisso sério em várias frentes e estaremos, portanto, sempre combatendo a pesca ilegal, não regulamentada e não declarada”.

A ministra das Pescas e Recursos Marinhos referiu que a escassez do peixe carapau nos mares angolanos deve-se a fenómenos ligados às alterações climáticas, prognosticando que possa haver uma reversão das situações climáticas e que se volte a ter disponibilidade deste tipo de pescado.

Para além da ministra, estiveram nesta edição do CaféCIPRA, como facilitadores, o secretário de Estado para a Indústria, Carlos Rodrigues, a directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Filomena Vaz Velho, e o presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), João Quintas.

Carmem do Sacramento Neto adiantou que o país ainda importa pescado, mas de uma forma bem direccionada, adiantando que a grande fatia da importação é pescado seco, nomeadamente "a quantidade de bacalhau que Angola importa por via das empresas representantes das marcas de bacalhau”.

Salientou que a pesca artesanal é fundamental pelo facto de contribuir com cerca de 35 por cento do total do que se pesca anualmente, pelo reconheceu que a formação e a capacitação dos pescadores são importantes para organizar e responder a demanda do sector. 

Revelou que, o sector que dirige tem registado avanços no cultivo da espécie tilápia, vulgo cacusso, com a produção a aumentar de duas mil toneladas, em 2022, para 10 mil, em 2023, na perspectiva de atingir a meta de 50 mil toneladas, em 2050. 

Disse que o sector necessita de cerca de 58 mil milhões de Kwanzas para a materialização de diversos projectos gizados.

Quanto à infra-estrutura de recepção do pescado, informou que existem 68 cais privados para o efeito, e destacou a necessidade da recuperação de infra-estruturas nos portos de Luanda, Benguela, Moçâmedes e a construção de um porto na região do Porto Amboim, província do Cuanza-Sul.

BDA apoia 146 projectos das pescas

Na altura, o presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), João Quintas, revelou que a instituição que dirige desembolsou 96 mil milhões de Kwanzas para financiar 146 projectos das pescas, dos quais 123 estão em implementação.

Explicou que o BDA, enquanto instrumento de política de impacto económico e social, tem na sua carteira uma parte considerável para o sector pesqueiro, representando uma fatia de cerca de 20 por cento do total de crédito do banco.

Reconheceu ser muito baixa a taxa de incumprimento dos reembolsos do financiamento, provavelmente resultante da análise profunda que a instituição faz sobre o risco dos projectos.

O CaféCIPRA é um espaço de diálogo directo entre governantes e representantes da sociedade civil.

PUBLICIDADE