EUROBONDS

Angola aguarda momento mais favorável para emitir "eurobonds"

 Ministério das Finanças - DR
Ministério das FinançasImagem: DR

09/08/2024 12h27

Luanda – O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, descartou, esta quinta-feira, em Luanda, a emissão de "eurobonds", apesar de os indicadores macro-económicos permitirem que Angola recorra a este instrumento.

Ottoniel dos Santos, que falava numa sessão temática sobre o tema “Programa de Reforma e Sustentabilidade das Finanças Públicas”, revelou que o Estado angolano emitiu recentemente obrigações de tesouro no mercado nacional, para investidores que operam no país, alguns dos quais alguns têm fluxos em moeda estrangeira, sem qualquer ligação à emissão de "eurobonds".

Citado pela Lusa, salientou que Angola faz um acompanhamento muito firme sobre o rácio da dívida e o Produto Interno Bruto (PIB) e sobre a solvabilidade do país relativamente àquilo que são os principais indicadores macro-económicos, para permitir entrar no mercado internacional no momento que achar mais adequado.

Neste momento, argumentou Ottoniel dos Santos, os mercados internacionais estão novamente abertos a países com as características de Angola, todavia, para o Governo angolano não é a melhor altura para emitir "eurobonds" devido aos juros que estão a ser cobrados.

“Nós achamos que são taxas proibitivas e, por essa razão, estamos numa expectativa a olhar para aquilo que são os desenvolvimentos junto de mercados internacionais, especialmente no que diz respeito à definição das taxas”, referiu.

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro frisou que se assiste a uma queda das taxas, que são orientadoras em mercados internacionais, como os Estados Unidos da América e a Europa, por via de juros dos bancos centrais.

“Havendo essa tendência de queda haverá mais espaço para países como Angola, que é um país em desenvolvimento, ter taxas que não sejam tão proibitivas assim”, sublinhou.

De acordo com Ottoniel dos Santos, esta é uma visão que as autoridades angolanas têm estado a partilhar com entidades ligadas aos mercados internacionais.

“No sentido de dizermos que percebemos que o mercado está neste momento aberto para países como Angola, mas estamos neste momento a olhar para estas variáveis, no sentido de estarmos depois a comprometer a nossa capacidade de executar, por força de um serviço da dívida mais pesado que poderemos ter”, enfatizou.

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