DESCARRILAMENTO
Comboio com enxofre para a RDC descarrila no Moxico

16/08/2024 13h12
Luanda – Um comboio carregado com enxofre destinado a República Democrática do Congo (RDC) descarrilou, esta quarta-feira, na província do Moxico, sem provocar vítimas.
Ao serviço do consórcio Lobito Atlantic Railway (LAR), o comboio proveniente do Porto do Lobito, província de Benguela, descarrilou na localidade de Cavimbi, a 127 quilómetros da cidade do Luena, província do Moxico, foi noticiado pela agência Lusa citando a congénere angolana ANGOP.
Uma equipa técnica do consórcio Lobito Atlantic Railway deslocou-se ao local do acidente para constatar os danos causados pelo descarrilamento, que levou o Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) a suspender a venda de bilhetes previstos para esta quarta-feira no percurso Luena/Cuito (Bié).
Segundo a fonte citada pelas agências, não é conhecida a dimensão dos danos, designadamente quantos metros da linha ficaram danificados.
A concessionária do Corredor do Lobito iniciou, no mês passado, as operações de transporte de enxofre, a partir do Porto do Lobito até à República Democrática do Congo, para apoio à actividade mineira na zona de Katanga.
O consórcio LAR, constituído pela Trafigura, Mota-Engil e Vecturis, obteve em 2022 a concessão para a operação, gestão e manutenção do corredor ferroviário do Lobito, que percorre Angola até ao cinturão de cobre africano, e do terminal de minérios do porto do Lobito, por um período de 30 anos.
O projecto de reabilitação do corredor logístico é apoiado pelos governos de Angola, República Democrática do Congo, Zâmbia e Parceria para o Investimento Global em Infra-estruturas (PGII) dos EUA e União Europeia.
A LAR tem cerca de 700 trabalhadores divididos entre a gestão da empresa e as operações ferroviárias e portuárias, maioritariamente provenientes do CFB e do porto do Lobito, prevendo que o seu número aumente significativamente em função do aumento da actividade da concessionária.
Nos próximos anos, está previsto um investimento de cerca de 450 milhões de dólares, através de um financiamento da Cooperação Financeira para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (DFC), que se encontra em fase final de validação, para o incremento da modernização e da eficácia do Corredor do Lobito.