Economia

Economia


PUBLICIDADE

BPC recupera 6,5 mil milhões Kwanzas de crédito em sete meses

BPC - Angola
BPC - Angola Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h35 13/09/2024 - Actualizado às 13h35 13/09/2024

Luanda - O Banco de Poupança e Crédito (BPC) recuperou, nos primeiros sete meses do corrente ano, cerca de 6,5 mil milhões de kwanzas de empréstimos concedidos a empresas e pessoas singulares, anunciou, esta quarta-feira, em Luanda, o presidente do seu Conselho de Administração, Cláudio Pinheiro.

Cláudio Pinheiro revelou que tal valor superou o crédito reembolsado em todo ano de 2023, período em que se registou a recuperação de 6,1 mil milhões Kwanzas.

O presidente do Conselho de Administração lembrou que o reembolso faz parte de um universo de cerca de 400 mil milhões de kwanzas da carteira de crédito malparado, sob responsabilidade do BPC.

Em entrevista à ANGOP e ao Jornal de Angola, recordou que, em 2022, foram recuperados 11,8 mil milhões, enquanto, em 2021, o valor foi de 10,8 mil milhões e, em 2020, de Kz 16,6 mil milhões.

Realçou que o maior número de reembolso foi registado nos primeiros três anos (2020, 2021 e 2022), fruto do programa “Renascer Mais”, enquadrado no Plano de Reestruturação e Recapitalização (PRR) do BPC, iniciado em 2019, que motivou alguns clientes devedores pagarem a totalidade dos seus empréstimos.

Referiu que o plano, já concluído em 2023, previa o perdão de 100 por cento dos juros de mora e 50 por cento dos juros contratuais e de capital, factores que incentivaram os devedores a avançar com a liquidação das dívidas.

No total, o PRR permitiu recuperar cerca de 52 mil milhões de kwanzas, dos 400 mil milhões do crédito malparado do BPC.

Cláudio Pinheiro adiantou que, do valor malparado, o banco reestruturou, com alteração e ajuste do prazo de reembolso e perdão do juro de mora, cerca de 46,8 mil milhões de kwanzas, tendo no corrente ano sido reestruturados cerca de 3,9 mil milhões de kwanzas.

Entre as soluções de empréstimo disponível no BPC, Cláudio Pinheiro assegurou que o banco continua a conceder o crédito “BPC 4 vezes”, com níveis de procura elevada por parte dos clientes, sendo um empréstimo a que se pode ter acesso em apenas cinco dias úteis, no máximo, sem necessidade de avalista, mas com o pagamento do seguro.

Disse que continua o crédito “BPC Pensionista”, uma solução de empréstimo dirigida aos reformados, enquanto o pacote de crédito denominado “BPC 10 vezes” foi cancelado, para evitar o desequilíbrio do balanço do banco, visando potenciar a instituição bancária de uma robustez financeira e expandir a concessão de créditos de forma gradual.

Cláudio Pinheiro lembrou que, em 2023, o valor dos empréstimos concedidos aos particulares foi de 347 mil milhões de kwanzas, enquanto para empresas cifrou-se em 49 mil milhões, facto que impactou positivamente na procura e oferta de bens e serviços no mercado interno.

Apontou a indústria, o comércio e o segmento das importações de fertilizantes, assim como o consumo das famílias, como as principais áreas que absorveram o total do crédito concedido.

Salientou que o BPC está a operacionalizar, desde 2018, uma linha de crédito do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), avaliada em 120 milhões de dólares, dos quais 23 mil milhões de kwanzas foram aprovados para o segmento empresarial e desembolsados 18 mil milhões, fruto da aprovação de seis projectos, nos últimos três anos.

Clarificou que esta linha de financiamento está, essencialmente, acoplada aos requisitos relacionados com a viabilidade económica e financeira dos projectos, bem como a sustentabilidade ambiental, cumprindo com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com três mil e 400 funcionários, o BPC possui 261 unidades de atendimento em todo o país.

A 14 de Agosto deste ano, no âmbito da celebração dos 49 anos da Banca Angolana, a instituição reinaugurou o seu edifício sede, em Luanda, com 20 pisos úteis, dois técnicos, tendo cada piso duas direcções, deixando de ter o espaço residencial que o anterior edifício tinha.

A infra-estrutura tem capacidade mínima para albergar 650 funcionários, bem como comporta um ginásio e uma área de lazer, contando com um centro de empresa, parte institucional.

A sede do banco foi inaugurada, pela primeira vez, a 28 de Janeiro de 1967, tendo sido, no início, sede do BCA (Banco Comercial de Angola), que só passou a BPC já na década de 90.

Antes, a 11 de Novembro de 1975, o banco foi rebaptizado com o nome de Banco Popular de Angola (BPA).

PUBLICIDADE