Luanda - O Executivo angolano pretende aumentar para 50 por cento, até 2027, a taxa de acesso à electricidade, correspondente a cerca de 16 milhões de habitantes.

De acordo com declarações do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, durante o décimo terceiro Conselho Consultivo do seu pelouro, que decorreu, em Luanda, na semana finda, atingir a meta de 50 por cento no acesso à electricidade representa a concretização de mais de um milhão 250 mil novas ligações domiciliares, em todo o país.

Actualmente, Angola tem taxas de acesso à energia eléctrica e à água potável a rondar os 44 e 56 por cento, respectivamente, apesar dos significativos investimentos já realizados, admitiu João Baptista Borges, em notícia publicada no Portal do Governo de Angola.

Para João Baptista Borges, é crucial que o sector se capacite cada vez mais e melhor para garantir a sustentabilidade da actividade que desenvolve, o que implica possuir capacidade efectiva de manutenção das infra-estruturas existentes, observância de boas praticas na gestão da coisa pública, eficiência na gestão das receitas, adequada capacidade técnica dos quadros técnicos das empresas e institutos, entre outras condições.

Quanto à água potável, considerou fundamental que o seu ministério seja capaz de concluir a construção dos dois grandes sistemas de abastecimento para a província de Luanda, nomeadamente Bita e Quilonga.

Referiu igualmente a execução em curso de mais de 500 mil novas ligações domiciliares, assegurando que haverá mais de 7,5 milhões de novos consumidores, particularmente os que vivem actualmente em novos bairros.

Sublinhou a atenção que o Presidente da República, João Lourenço, dá a resolução da grave situação do abastecimento de água a cidade de Luanda, razão pela qual o seu ministério prioriza os projectos ligados a esta província.

O ministro da Energia e Águas informou que está em execução um conjunto de projectos no sector das Águas, avaliados em mais de 500 milhões de dólares, que inclui a reabilitação e modernização de sistemas de abastecimento em várias localidades do país, capacitação institucional das empresas provinciais de água e saneamento e a projecção de sistemas de saneamento para sete cidades costeiras, entre outros.

João Baptista Borges encorajou também as empresas que têm maior contacto com o público a melhorar a qualidade do atendimento, que passa por dar maior atenção às preocupações colocadas pelos consumidores.

O evento, que decorreu na Academia Diplomática Venâncio de Moura, sob o lema “Energia e Águas, desafios e soluções para expansão e sustentabilidade do sector”, debateu, durante dois dias, ideias e soluções para o futuro do sector da energia e águas no país.