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Ministro garante normalizar o processo de licenciamento da venda de combustível

Bidões de combustível
Bidões de combustível Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h53 26/09/2024 - Actualizado às 13h53 26/09/2024

Luanda - O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, prometeu, quarta-feira, trabalhar para normalizar o processo de licenciamento da venda  de combustível para evitar o indício de contrabando na região.

Francisco Furtado, que chefia a Comissão Multissectorial, disse ser preocupante o problema de contrabando de combustível no município fronteiriço do Luau, província do Moxico. "Não é normal o Luau ter mais postos de abastecimento de combustível em relação a sede da província”.

Segundo o JA, o ministro de Estado deslocou-se ao posto fronteiriço do Luau, e visitou dois postos de abastecimento no universo de mais de 30 existentes.

Para dar maior evidência ao fenómeno de contrabando, as autoridades policiais apresentaram mais de 90 mil litros de combustíveis apreendidos nos últimos quatro meses, no âmbito da operação.

Em declaração à imprensa, Francisco Furtado afirmou que a deslocação naquele município permitiu constatar o fenómeno bastante negativo sobre o contrabando de combustível.

"Já tínhamos a informação sobre este problema e das visitas que fizemos aqui na sede do município até ao posto fronteiriço verificámos grandes quantidades de combustíveis apreendidos. Esta situação nos dá alguma sensação de que a situação aqui é mais grave do que aquela que verificamos na província do Zaire".

Frisou que o fenómeno tomou proporções alarmantes por falta de fiscalização e da atribuição de licença de comercialização dos derivados de petróleo aos cidadãos estrangeiros, sublinhando ter havido um desvio de quantidades enormes de combustíveis para o País vizinho.

Indicou que o município recebe por semana dois milhões e 900 litros de combustíveis por semana, mas 90 por cento deste volume é destinado para alimentar o contrabando a preços bastante superiores em relação ao que é comercializado localmente.

O ministro disse ainda que o fenómeno naquele município fronteiriço está generalizado e prometeu trabalhar em coordenação com os órgãos afins para corrigir a situação.

"Nas portas das casas onde passamos encontrámos as crianças a comercializar o combustível", lamentou, acrescentando que este tipo de actos se não forem combatidos vai originar o abandono escolar por parte de muitas crianças.

Por outro lado, chamou atenção em relação ao abate indiscriminado de árvores para exploração de madeira nos municípios de Luchazes e Alto Zambeze, que tem como destino a República da Zâmbia.

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