Sonangol quer liderar desenvolvimento descarbonizado de petróleo e gás


A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) reiterou o seu compromisso em impulsionar o desenvolvimento sustentável de hidrocarbonetos durante a conferência Angola Oil & Gas (AOG) realizada nos dias 2 e 3 do mês curso, em Luanda.
Falando numa sessão “Em Conversa com…”, o CEO da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, afirmou que a empresa não abandonará o petróleo e gás, mas avançará no desenvolvimento descarbonizado desses recursos.
Segundo um comunicado da empresa, ao investir na produção de petróleo e gás upstream, enquanto dá prioridade a projectos de baixo carbono, a Sonangol pretende aumentar a produção nacional de crude, ao mesmo tempo que diversifica e descarboniza a indústria.
De acordo com o “Diário Económico” de Moçambique, A empresa está a concentrar os seus esforços no desenvolvimento de gás não associado, bem como em fontes de energia alternativas, como a solar.
“Estamos a analisar oportunidades no sector do gás e identificámos o parceiro certo para desenvolver o gás não associado.
O gás produzido pela Angola LNG será utilizado para a produção de fertilizantes, e estamos a avaliar a utilização de gás no sul do país, ligando o gás às indústrias siderúrgicas.
Também temos um projecto de carbono azul, ligado à redução de carbono através da plantação de mangais. Temos uma área em Luanda e identificámos quatro áreas adicionais para este fim”, garantiu Gaspar Martins.
O documento explica que a petrolífera passou por uma transformação nos últimos anos. “Após a criação da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) em 2019, a Sonangol transferiu o seu papel de concessionária e reguladora nacional. Esta transformação teve como objectivo tornar a empresa mais competitiva e fortalecer a sua capacidade como operadora upstream.
Simultaneamente, o Governo está a privatizar parcialmente a petrolífera nacional, com a privatização prevista para estar concluída em 2026. Este processo aumentará a capacidade financeira, permitindo à Sonangol avançar com novos projectos upstream”, lê-se na nota.
“A transformação da Sonangol começou há vários anos, quando passámos o papel de regulador e concessionária para a ANPG. Na altura, transferimos quase 600 funcionários para a Agência.
Depois disso, a Sonangol passou por um programa de reestruturação, no qual criámos cinco unidades de negócios principais a partir de 36 entidades diferentes – começando pela exploração e produção.
Queremos abrir capital, mas queremos fazê-lo correctamente. Por isso, estamos actualmente a passar por todos os processos para o fazer”, sustentou Gaspar Martins.