Luanda - A Empresa Nacional de Prospecção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola (Endiama) tem mais de três milhões de quilates em stock para serem colocados à venda, revelou o seu presidente do Conselho de Administração, José Ganga Júnior.

Em declarações aos jornalistas, à margem da segunda edição do workshop sobre “Avaliação e Classificação de Recursos e Reservas Minerais”, que antecedeu a Conferência Internacional de Diamantes de Angola 2024, realizada em Saurimo (Lunda Sul), Ganga Júnior admitiu que a empresa está com dificuldades na colocação dos diamantes a venda.

Estes quilates em stock estão à espera de melhores dias e é um esforço, uma resiliência grande no sentido de se puder manter as operações mineiras, enfatizou, adiantando que "os diamantes são cíclicos, em termos de crise. Estamos convencidos que precisamos trabalhar para ultrapassar esta dificuldade”.

Ganga Júnior revelou que a Endiama encontra-se há mais de dois anos “com uma crise sem procedentes”, no que diz respeito às vendas, mas garantiu que, do ponto de vista de produção, a empresa "está bem".

“O impasse está apenas nas vendas dos diamantes”, salientou, indicando que, para o corrente ano, a expectativa é que a produção venha a atingir um volume de cerca de 14 milhões de quilates de diamantes, concluiu, em declarações retomadas pela Forbes África.