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Projecto de Aceleração Digital de Angola estará concluído dentro de dois anos

Participantes na 5ª edição do Fórum do IMA
Participantes na 5ª edição do Fórum do IMA Imagens: Edições Novembro

Redacção

Publicado às 11h21 08/11/2024 - Actualizado às 11h22 08/11/2024

Luanda - O Projecto de Aceleração Digital de Angola (PADA), que vai permitir a Introdução da Agenda de Transição Digital da Administração Pública, estará concluído dentro de dois anos, garantiu quinta-feira, o director do Instituto de Modernização Administrativa (IMA), Meick Afonso.

Intervindo em Luanda, na 5.ª Edição do Fórum do IMA, realizado em parceria com o Banco Mundial, Meick Afonso disse que a disponibilização dos 300 milhões de dólares, vai viabilizar a implementação do PADA, em 2027.

Durante o encontro no Centro de Imprensa da Presidência da República de Angola (CIPRA), o responsável afirmou que as condições financeiras permitirão que o Banco Mundial agende a Transição Digital da Administração Pública em Angola seja um facto dentro do período referido.

O Projecto de Aceleração Digital de Angola, frisou Meick Afonso, iniciativa do Governo em parceria com o Banco Mundial, visa impulsionar a transformação no país, promovendo a inclusão digital, ampliar o acesso aos serviços públicos e fomentar o empreendedorismo.

A realização da 5.ª Edição do Fórum do IMA, sublinhou, deu para fazer um exercício sobre o caminho feito até ao momento, onde foram também apresentadas as acções para a implementação do Projecto de Aceleração Digital do país.

O PADA, assegurou, vai impulsionar a sociedade e a economia, reconhecendo o papel do Estado, enquanto regulador de todas as actividades no país, sublinhando o que o IMA vai facilitar a modernização tecnológica dos serviços públicos, tentando coordenar a melhor actuação dos vários intervenientes, de modo a agregar valores nos resultados.

A recente aprovação da Agenda de Transição Digital de Serviço Público, prosseguiu, traduz numa só palavra, "acção concertada multissectorial para que os serviços públicos sejam mais próximos e fáceis para os cidadãos e empresas".

O director do IMA avançou que a componente financeira até ao momento não permitia dar passos mais concretos. Com a disponibilização, fica agora mais facilitado o processo de digitalização, sublinhou Meick Afonso.

O projecto de aceleração digital vem estimular o mercado dos operadores de telecomunicações, onde o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, vai liderar um conjunto de reformas necessárias para que o projecto se torne numa auto-estrada para o alcance dessa digitalização.

Indicou que o PADA vai permitir a integração do Banco Nacional de Angola (BNA), tendo em conta a estratégia de inclusão financeira que está na forja e preparada, demonstrando mais uma vez, o valor de um trabalho coordenado e integrado.

Acrescentou que o processo de aceleração digital vai facilitar as instituições financeiras, já que os operadores do sector, terão melhor acessibilidade, ajudando na comunicação, para melhor identificar o cidadão ou empresas, de forma segura.

Por outro lado, disse, o Projecto vai assegurar uma maior integração das acções de cariz social, proporcionando a integração entre os vários órgãos que actuam para os serviços públicos, cujo foco é colocar o cidadão no centro de todas as políticas do estado.

Meick Afonso referiu vai permitir ainda a definição e implementação de procedimentos físicos, electrónicos e processuais que garantam a segurança e privacidade de todos os dados recolhidos e armazenados.

Por seu lado, o representante do Banco Mundial para Angola e São Tomé, Juan Carlos Alvarez, considerou as tecnologias digitais vectores que permitem os países estimular o crescimento económico e social, dinamizando todas as actividades das populações.

Segundo o representante da maior instituição financeira mundial, a introdução da Agenda de Transição Digital da Administração Pública no país, significa "mudança de paradigma" que vai afectar positivamente todos os segmentos do país, exigindo a participação de todos.

O Projecto, esclareceu, foi concebido entre o Governo de Angola e o Banco Mundial para reflectir a natureza multidimensional de transformação digital, atravessando ministérios, institutos, ou seja, todas as instituições que concorrem para o serviço do cidadão.

Deu a conhecer que a estratégia de transformação digital para todos os sectores governamentais vai intensificar e ampliar o avanço das agendas do Governo angolano, que não se restringem apenas no PADA.

O Banco Mundial tem manifestado disponibilidade ao Executivo, nas tarefas de coordenar os esforços para a transformação digital, bem como promover sinergias entre outros projectos, como o KWENDA, SIMPLIFICA Mais, dentre outros projectos.

No seu entender, a transformação digital é uma jornada única e diferente para cada país, que não consiste apenas em adoptar novas tecnologias, mas também desenvolver o capital humano.

"No final das contas, a transformação digital de Angola, como todas outras transformações, vai beneficiar e ser respeitada por cidadãos angolanos", realçou Juan Carlos Alvarez.

O PADA foi projectado para enfrentar os desafios na oferta e demanda, cuja Plataforma de interoperabilidade e conectividade de pessoas por meio de maior acesso à internet de banda larga e o fortalecimento dos documentos de edificação digitais.

 

Com o objectivo de obter melhores resultado na implementação do projecto, os técnicos do IMA em parceria com o Banco Mundial, realizaram visita ao Rwanda, Israel, EUA, Emirados Árabes Unidos, Brasil, Estónia, Áustria, Polónia, Portugal e Cabo Verde.

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