TURISMO
BNA alarga crédito para financiar projectos na área do turismo

09/02/2025 10h39
Luanda - Os projectos na área do turismo passam a estar abrangidos pelo regime especial de crédito, segundo determinação do Banco Nacional de Angola (BNA), que actualizou as normas constantes do seu Aviso nº 9/2024, de 20 de Dezembro.
Com efeito, o BNA actualizou as normas que regulam o regime especial de crédito à habitação e a construção de imóveis para habitação, com o alargamento do Aviso n.º 9/2024, de 20 de Dezembro, passando a abranger empreendimentos turísticos e estabelecimentos de restauração e similares.
Com as alterações introduzidas, ao regime especial de crédito à construção de Imóveis para habitação, empreendimentos turísticos e estabelecimentos de restauração e similares, os operadores da área do turismo passam a ter acesso a um financiamento até 200 milhões de kwanzas, com uma taxa de juro reduzida, até um máximo de 10 por cento.
Esta medida irá proporcionar um estímulo a construção e reabilitação de empreendimentos e estabelecimentos turísticos, de restauração e similares de pequena dimensão”, esclarece uma nota do Ministério do Turismo, salientando que a medida pode contribuir para fortalecer o sector, aumentar a variedade de serviços e criar novos postos de trabalho.
A inclusão do turismo neste mecanismo de financiamento representa um marco importante para o desenvolvimento da actividade turística em Angola, abrindo novas oportunidades de financiamento para pequenos e médios operadores, sublinha a nota, citada pelo JA Online.
“É fundamental que os empresários e investidores do sector aproveitem esta iniciativa para fortalecer a capacidade de alojamento, diversificar a oferta turística e impulsionar o crescimento sustentável do turismo nacional, não obstante o facto de o Executivo continuar a trabalhar para disponibilizar linhas de financiamento mais robustas”, conclui o documento.
No seu programa de promoção e desenvolvimento do turismo, o Executivo angolano projecta, para o quinquénio 2022-2027, desenvolver infra-estruturas e serviços públicos, assim como assegurar a formação e capacitação de quadros para a prestação de serviços.
As principais infra-estruturas necessárias para o desenvolvimento do turismo resumem-se aos domínios das vias de acesso, atractivos turísticos, telecomunicações, condições de acesso, energia eléctrica e água, saneamento básico, saúde, segurança e transporte, entre outras.
Um dos factores de atracção dos visitantes é a quantidade e qualidade dos atractivos turísticos disponíveis, incluindo a estruturação de produtos turísticos, a partir do património cultural e natural disponíveis, aliado a capacidade técnica dos recursos humanos, em todas as áreas de trabalho, tendo em consideração a evolução do conhecimento.
Os principais destinos do país registaram, no primeiro fim de semana prolongado de 2025, entre os dias 31 de Janeiro e 04 de Fevereiro, um total de 16 mil e seis turistas, um aumento significativo em relação a semana anterior, de 24 e 26 de Janeiro, com um total de 10 mil 175 pessoas.
De acordo com dados estatísticos do Ministério do Turismo, entre 31 de Janeiro e 04 de Fevereiro de 2025, as províncias de Benguela e Uíge atingiram 100 por cento de ocupação nos hotéis, tendo três mil 356 turistas visitado Benguela e dois mil 942 o Uíge.
A província do Cuanza Sul registou uma ocupação de 91,4 por cento da sua oferta disponível, com um movimento de dois mil 265 turistas, enquanto a da Huíla foi de 78,6 por cento (dois mil 475 hóspedes) e a do Huambo 49,2 por cento (mil 120 turistas).
Na província do Cuanza Norte, registaram uma ocupação de 65,1 por cento, com um total de 278 turistas, e em Cabinda situou-se nos 60,5 por cento (351 ocupantes).
O Zaire registou a visita de 456 turistas e uma taxa de ocupação de 57,4 por cento, e a A Lunda-Sul 254 turistas (71,8 por cento).