DIAMANTES

Angola lidera estratégia de valorização dos diamantes naturais no mercado

Diamantes lapidados Imagem: DR

28/02/2025 12h44

Luanda - O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reconheceu quinta-feira, em Luanda, que o actual momento que a indústria diamantífera mundial e africana, em particular, está a enfrentar requer maior atenção de todos produtores.

 Segundo o JA Online, o governante falava à imprensa no acto de inauguração da nova sede da Associação Africana de Produtores de Diamantes ADPA( sigla em inglês), tendo apontodo a queda dos preços dos diamantes naturais no mercado internacional, a concorrência entre os diamantes naturais e artificiais e a pressão relativa ao sistema de rastreabilidade do diamante entre os motivos do actual cenário.

"Temos que nos adaptar ao novo contexto e ver como podemos reagir para que os diamantes naturais continuem a ser competitivos no mercado internacional", sublinhou.

O ministro afirmou que o Executivo angolano tomou algumas medidas a nível legislativo, tanto a nível da produção como a nível da comercialização e que "a meta é atingir anualmente um volume acima dos 14 milhões de quilates".

"Alteramos o modelo de Governança do sector mineiro em geral que coincidiu com o sector diamantífero. Para o aumento da produção, introduzimos a lei sobre a exploração semi-industrial de diamantes, que permite aos investidores angolanos de pequena e média dimensão poderem intervir nesta actividade porque a exigência a nível tecnológico é menor", frisou.

Disse que medidas foram tomadas para atrair igualmente grandes investidores para o sector diamantífero, com duas referências, nomeadamente o regresso da De Beers a Angola, e a vinda pela primeira vez da Rio Tinto, que a nível da mineração global é a terceira maior empresa do mundo e possuía a maior mina de diamantes do mundo.

Atraímos também, salientou Diamantino Azevedo, outras empresas de média e pequena dimensão para não só contribuir para a produção, mas acima de tudo para a prospecção de novos depósitos e caso haja êxito puderem passar para a produção.

No que diz respeito à comercialização, frisou que foi criada uma nova legislação que permitiu acabar com uma espécie de monopólio que existia na conversão de diamantes e que não favorecia os produtores e nem o Estado angolano. "E hoje temos uma legislação que é mais favorável tanto para os produtores como para o Governo, mas continuamos a trabalhar na melhoria do sistema de comercialização".

A nível político, referiu, foi criado um novo modelo de governação que acabou com o papel de concessionária, reguladora e produtora da Endiama que passou a ser apenas uma empresa operadora, ficando a agência nacional de recursos minerais com o papel de concessionária e reguladora e o Ministério com o papel de tutela política, estratégica e de coordenação do sector.

Em relação à bolsa de Diamantes de Angola, o ministro disse ser um processo que está a ser reavaliado. "Quando decidimos criar a bolsa de diamantes o contexto era completamente diferente, não tínhamos tão aprofundada a questão dos diamantes sintéticos, as sanções e os preços actuais do mercado, por tanto, temos que ser flexíveis .

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