Luanda - O Porto do Lobito quer destacar-se, nos próximos anos, como principal actor estratégico no corredor logístico da região Austral, com a construção de um futuro porto, assente na eficiência operacional, inovação tecnológica e responsabilidade ambiental.

 Segundo o JA Online, esta visão estratégica consta do comunicado final do Workshop sob o lema "Porto Tecnológico para um Futuro Sustentável", promovido, na última terça-feira, no Lobito, pela empresa portuária, em parceria com a consultoria N2BS.

O seminário que reuniu especialistas em transformação tecnológica, quadros séniores da empresa portuária e membros da administração municipal, visou reforçar o compromisso institucional do Porto do Lobito com a inovação, sustentabilidade e desenvolvimento contínuo do capital humano.

O workshop serviu para partilha de experiências em torno dos desafios e oportunidades que a tecnologia oferece ao sector portuário, abordou temas relacionados à "Modernização da infra-estrutura tecnológica", "Importância da cibersegurança", "Sustentabilidade operacional" e o "Papel do capital humano na transformação tecnológica".

O PCA do Porto do Lobito, Celso Rosas, apresentou a visão futura da empresa, que passa por uma instituição moderna e tecnologicamente avançada e preparada para os desafios dos próximos anos, sustentado num modelo de gestão do tipo "Landlord Port", denominado por porto senhorio.

A prevenção e combate à pirataria, controlo do tráfego marítimo, segurança portuária, protecção ambiental marítima e a gestão de crises, foram os principais temas abordados, durante o curso sobre Segurança Marítima, que termina na próxima sexta-feira, no município do Lobito.

A acção formativa que está a ser promovida pelo Porto do Lobito em parceria com o Instituto de Defesa Nacional (IDN) tem como objectivos identificar, analisar os principais riscos e ameaças à segurança marítima nacional.

O curso visa também capacitar os participantes para melhor compreensão e aplicação dos mecanismos de coordenação e integração interinstitucional. Planificar o papel de cada actor do sistema de segurança nacional e promover a cooperação, entre as instituições públicas e privadas na protecção, bem como a gestão do espaço marítimo nacional, constituem, igualmente, os propósitos a serem atingidos durante a acção formativa.

Celso Rosas reconheceu que o curso representa um investimento crucial na capacitação dos profissionais que actuam na área de segurança marítima em Benguela, em diferentes ramos, com destaque para a Marinha de Guerra, Ministério do Interior, AGT, SINSE e outros ramos.