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Banco Africano de Energia (AEB) entra em funcionamento em Junho

 Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás recebe reconhecimento  - DR
Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás recebe reconhecimento Imagem: DR

14/04/2025 11h20

Luanda - O Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (Mirempet) recebeu um reconhecimento pelo seu extraordinário desempenho em prol da criação do Banco Africano de Energia (AEB), cuja entrada em funcionamento está prevista para Junho do corrente ano, com um capital social inicial de 5 mil milhões de dólares.

 Segundo notícia do JA Online, o presidente em exercício da Associação dos Países Africanos Produtores de Petróleo (APPO), Bruno Jean Richard Itoua, reiterou, na última reunião do Conselho de Ministros da organização, o seu agrado pelo forma pragmática com que a maior parte dos Estados-membros está a dar o seu respectivo contributo, mas enfatizou a particularidade de Angola e o Ghana estarem na liderança do projecto que conta com o apoio do Afreximbank.

Deste modo, defendeu a marcação para o "mais breve possível" da data da realização da primeira assembleia geral, da qual resultará a nomeação dos membros do Conselho de Administração, o presidente do Conselho de Administração e os distintos administradores.

A ideia da criação do ABE foi apresentada durante o VIII Congresso e Exposição de Petróleo Africano (Cape VIII), que Luanda acolheu em Maio de 2022, sob o lema "Transição Energética e o Futuro da Indústria de Petróleo e Gás em África: Oportunidades, Desafios e Desenvolvimento".

Com sede em Abuja, Nigéria, o African Energy Bank (AEB), numa altura em que o Governo local contribuiu com uma parcela de 100 milhões de dólares do capital social, em que Angola e o Ghana também constam na lista dos principais contribuintes para os fundamentos da instituição.

Na ocasião, os Estados-membros foram unânimes em advogar a criação de mecanismos com vista a conferir o continente de autonomia financeira capaz de fazer face aos desafios impostos pela escassez de financiamentos com que a indústria petrolífera africana se depara, num contexto de transição energética em curso e necessidade de se evitar o desperdício das reservas naturais estimadas em 125 biliões de barris de petróleo bruto e 600 triliões de toneladas métricas de gás natural.

Os avanços até agora dados no sentido de solidificar a estrutura financeira da referida instituição bancária, sublinhou, só têm sido possível graças a uma estreita colaboração entre a APPO e o Afreximbank, ao recordar que o foco do AEB será a resolução dos problemas que estão na base das assimetrias do acesso à energia eléctrica.

Jean Richard Itoua, que também é ministro dos Hidrocarbonetos da República do Congo, frisou que "pretendemos nos basear na experiência do Afreximbank na qualidade de instituição bancária de dimensão regional". "Com o compromisso de todos os parceiros, estamos em crer que até ao mês de Junho tenhamos reunidos os mínimos requisitos para o arranque das operações", disse.

Os países africanos estão engajados na materialização de uma agenda de médio prazo que garanta resiliência perante a transição energética, que implica a estruturação de um programa assente na cooperação e partilha de experiência nos vários domínios com escopo em valências para que o mercado continental seja capaz de transformar todos os produtos na cadeia de valor e consumir a sua produção.

 

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