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Contribuição dos seguros no PIB em três por cento até 2029

Secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos
Secretário de Estado das Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos Imagens: angop

Redacção

Publicado às 07h39 03/05/2025

Luanda - O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, disse que o Executivo prevê que a actual cifra de 0,6 por cento da taxa de penetração dos seguros no Produto Interno Bruto (PIB) aumente para três por cento, até 2029.

Ao intervir no seminário regional das Associações das Instituições Reguladoras de Seguros da África Sub-saariana (IAIS), que decorreu, em Luanda, até sexta-feira, sublinhou que a actual taxa de penetração fixada em 0,6 por cento do PIB é baixa, mas com potencial para explorar.

Adiantou que, nos últimos quatro anos, os prémios de seguros cresceram mais de 100 por cento, passando de 223,8 mil milhões de kwanzas, em 2020, para 473,7 mil milhões, em 2024.

Revelou que o ramo Vida, embora minoritário, cresce satisfatoriamente, enquanto o pagamento de indemnizações aumentou 74 por cento, o que reforça a confiança no sector.

Ottoniel dos Santos enfatizou a contribuição do novo quadro legal, que valoriza uma supervisão baseada no risco, reforço dos requisitos prudenciais, valorização e mediação profissional e na criação de espaço para a inovação digital, fazendo com que o país tenha um sistema regulatório mais robusto, credível e preparado para os desafios.

O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro reconheceu que, para se atingir a meta dos três por cento do PIB, o Ministério das Finanças assumiu o desafio de expandir o seguro agrícola e micro, os seguros paramétricos, sobretudo em zonas rurais, assim como fomentar um ecossistema de inovação digital e implementar a estratégia nacional de inclusão financeira.

Destacou a implementação do regime de insolvência na base de riscos, a adopção da regra para transparência e comparabilidade, o reforço da conduta de mercado e do consumidor, assumidos como eixos estratégicos da Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).

A presidente do Conselho de Administração da ARSEG, Filomena Manjata, enfatizou que os delegados de 14 países que participaram no seminário debateram os desafios do sector e partilharam experiências para o reforço dos laços de cooperação institucional.

Salientou que o futuro do mercado de seguros da África Sub-saariana depende da capacidade dos países do continente trabalharem em unidade, com vista a atingirem maior robustez e sustentabilidade, suportada por uma supervisão mais forte, transparente e preparada para os desafios.

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