Nova Delhi - Perto de 200 empresários, entre angolanos e indianos, participam, hoje, em Nova Delhi, no Fórum de Negócios entre os dois países.

A informação foi avançada, sábado, pelo presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) de Angola, Arlindo das Chagas Rangel.

O responsável, que falou no âmbito da antevisão do que será o evento, a ser antecedido de um discurso de abertura do Presidente da República, João Lourenço, revelou que a representação de homens de negócios de Angola e da Índia deve ser repartida em 50 por cento para cada país.

“Estamos a falar de cerca de 200 empresários, 50 por cento para cada país. Podemos falar de 81 empresas angolanas já confirmadas e, do lado indiano, cerca de 100”, disse.

“Esperamos o reforço dos laços económicos e empresariais entre a Índia e Angola. As relações já são longas. Temos, hoje, investimentos indianos em Angola”, acrescentou.

Arlindo das Chagas Rangel disse, ainda, que há aprovados 91 projectos, dos quais cerca de 50 por cento já implementados, enquanto outros 50 estão em vias de implementação, que geram cerca de 10 mil postos de trabalho.

A presença da AIPEX, de acordo com o PCA da agência, visa reforçar os laços e tentar levar para Angola aquelas indústrias em que a Índia é forte.

“Estamos a falar no sector Tecnológico, Farmacêutico, Agricultura e Indústria. Angola é um país de oportunidades, e estou farto de ouvir que somos uma potência. Nós temos que aproveitar e transformar as nossas potencialidades em realidade”, referiu, apelando a um trabalho permanente de divulgação do que se faz no país.

Para o responsável da AIPEX, a agência tem feito a sua parte económica, sempre com o objectivo de “deixar de ser o país potencial para passarmos a ser a realidade”, advogando que Angola tem terrenos férteis e um quadro legal muito futurista, que protege o investimento privado, nacional e estrangeiro.

“Temos água, temos electricidade. Somos uma população jovem, de uma média de idade de 16 anos. Estamos inseridos numa região em que, até 2050, se estima uma população de cerca de 450,5 milhões de habitantes”, ressaltou.

Em relação aos valores inscritos na agência, Arlindo das Chagas Rangel revelou que foram investidos, desde 1998, um total de 175 milhões de dólares, sublinhando que grande parte dos projectos já teve um reinvestimento dos resultados obtidos.

“Estamos a falar de volumes de negócios em investimentos acima de um bilião de dólares e que geram os tais mais de 10 mil postos de trabalho”, esclareceu.