Luanda - O Governo do Japão disponibilizou, este ano, um milhão de dólares, para ajudar Angola a combater crimes fiscais e prevenir os fluxos financeiros ilícitos, informou segunda-feira, em Luanda, o embaixador nipónico.

De acordo com o JA Online, Suzuki Toru falava à imprensa na cerimónia do lançamento do projecto “Promover um Ambiente Empresarial Responsável, Sustentável e Incentivar a boa Governação e Facilitação do Comércio, através do Combate e Prevenção dos Fluxos Financeiros Ilícitos e dos Crimes Fiscais em Angola”.

O acto foi promovido pela Organização das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC - Angola) em parceria com os governos de Angola e Japão.

De acordo com o diplomata, este montante é destinado a reforçar a capacidade institucional da Administração Geral Tributária e de outras agências de fiscalização em Angola.

Para o embaixador japonês, esta iniciativa visa criar condições ideias para o comércio e o investimento sustentável, atraindo empresas japonesas e internacionais em alinhamento com o lema do TICAD 9, “Co-criar Soluções Inovadoras com África”.

“Estou confiante de que este projecto contribuirá de forma significativa para a prosperidade partilhada e o desenvolvimento, tanto para Angola, como para o Japão”, disse.

Acrescentou que o valor disponibilizado surge da Conferência Internacional de Tóquio para o Desenvolvimento Africano (TICAD), que visa capacitar os parceiros africanos no combate à exploração, tráfico de recursos minerais e ao branqueamento de capitais.

Por seu lado, o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Otoniel dos Santos, destacou os três objectivos centrais do projecto, como o reforço da integridade do sistema fiscal e financeiro, fortalecimento da resposta nacional do crime financeiro e fraude fiscal.

Para o governante, o projecto visa também promover um ambiente empresarial mais responsável, atraente e mais atractivo para o investimento, tendo considerado ser um compromisso nacional e uma oportunidade para o financiamento do Japão para consolidar as parcerias com as Nações Unidas e todas as instituições envolvidas no Comité de Gestão Coordenada de Fronteiras.