Economia

Economia


PUBLICIDADE

Governo apreende mais de dois milhões de litros de combustíveis

Governo apreende mais de dois milhões de litros de combustíveis em três meses
Governo apreende mais de dois milhões de litros de combustíveis em três meses Imagens: DR

Redacção

Publicado às 10h14 07/05/2025

Luanda - Dois milhões 390 mil e 878 litros de combustíveis foram apreendidos, no 1º trimestre deste ano, em várias localidades do país.

O facto foi revelado esta terça-feira, em Luanda, pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Furtado, durante a reunião de balanço da Comissão Interministerial para o Combate ao Contrabando de Combustíveis, Imigração, Pesca Ilegal e Tráfico Ilícito de Minerais Estratégicos, criada em 2024.

De acordo com o governante, as medidas e acções gizadas por essa comissão, ao longo dos nove meses de existência, permitiram estudar o comportamento e a evolução do fenómeno do contrabando, bem como o modus operandi dos seus autores.¹¹

Nesse período, recordou, foi igualmente possível perceber melhor a profundidade da estrutura organizacional dos contrabandistas, uma acção que envolve agentes públicos, autoridades tradicionais e entes privados a vários níveis, que se serviam e ainda se servem de posições privilegiadas nas estruturas públicas e de interesse público para instigar e facilitar o processo de contrabando de combustíveis, imigração e pesca ilegais e tráfico ilícito de minerais estratégicos.

Francisco Furtado disse que a acção das autoridades governamentais permitiram a reversão do quadro nacional do contrabando de combustíveis e seus derivados, tendo como referências territorial a província do Zaire, cujo controlo do fluxo de abastecimento aos postos observa maior rigor.

O trabalho, referiu, é auxiliado pela rigorosa fiscalização dos camiões cisternas e de outros meios de transporte de produtos resultantes de contrabando, provenientes de outras partes do país, com o objectivo de entrarem para a República Democrática do Congo (RDC).

Apontou também a desactivação e reestruturação dos serviços públicos no Porto Fluvial da Kimbumba, na província do Zaire, que impactaram directamente os casos de pesca, imigração ilegal e tráfico ilícito de minerais estratégicos, situações semelhantes registadas em Cabinda, Moxico, Lunda-Sul, Lunda-Norte, Cuando, Cunene, Cubango e Uíge como outro resultado obtido ao longo do referido período.

Outro facto preocupante, apontou, é o facto de os comerciantes, camponeses e taxistas, entre adultos, jovens e mulheres, terem adoptado a prática do contrabando como um meio de renda normal, agravada pelo empenho de crianças e adolescentes nesta tarefa, retirando-as do circuito escolar.

Segundo Francisco Furtado, trata-se, claramente, da busca e apetência pelo lucro fácil por parte destes.

Por isso, o ministro de Estado enalteceu a decisão da reunião dos titulares dos órgãos que intervêm na administração da justiça, realizada em Fevereiro deste ano, que deliberou sobre a criação da Comissão Técnica para a Identificação da Matéria de Crime nos Processos de Contrabando de Produtos Petrolíferos (CT-IMC-CPP).

Este organismo realizou um périplo pelas províncias do Zaire, Cabinda, Lunda-Norte, Lunda-Sul, Cunene, Moxico e Moxico Leste, no período entre 28 de Fevereiro a 20 de Março último.

Realçou que o trabalho realizado por essa comissão técnica permitiu conhecer a realidade judicial e jurisdicional, tendo constatado que existiam, em fase de instrução, mais de 800 processos, dos quais 54 já introduzidos em juízo e um decidido.

Segundo o governante, a comissão centrou-se com maior substância no contrabando de combustíveis, estendendo os desafios à pesca e a imigração ilegais, estando igualmente em curso, pelos Órgãos de Defesa e Segurança, um conjunto de medidas para em consonância se obter os resultados preconizados.

“Estamos convictos de que o paradigma mudou, todavia, actualmente o nível de conhecimento do problema engaja-nos a imprimir mais rigor e a projectar novas medidas, mais assertivas e implacáveis”, sublinhou.

A reunião da Comissão Interministerial de Combate ao Contrabando de Combustíveis visou reforçar as sinergias e definir as medidas que vão materializar o estipulado na Lei e as orientações específicas sobre a matéria de combate ao contrabando de combustíveis e seus derivados.

 

PUBLICIDADE