Investimentos do Brasil em Angola ascendem a 35 milhões dólares


Luanda – Os investimentos do Brasil em Angola ascendem 35 milhões de dólares, aplicados em 161 projectos em vários sectores da actividade empresarial.
O presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção da Exportações (AIPEX), Arlindo das Chagas Rangel, em declarações a imprensa à margem da visita de Estado do Presidente João Lourenço ao Brasil, considerou ser uma cifra insuficiente, a julgar pelo potencial do Brasil.
Por isso, os Presidentes João Lourenço e Lula da Silva defenderam, esta sexta-feira, o investimento brasileiro em Angola, no domínio agro-pecuário, na perspectiva de transformar Angola num gigante da produção de alimentos em África.
Numa reunião com grandes produtores do sector agro-negócio de diferentes regiões do Brasil, foram realçadas as excelentes condições naturais que Angola oferece para se desenvolver a agricultura e a pecuária, nomeadamente a existência de solos aráveis em grande quantidade, água abundante e bom clima.
Foi decidido no encontro que uma equipa brasileira multidisciplinar, que inclua produtores, diplomatas e responsáveis da alta finança, trabalhe rapidamente num memorando a engajar os dois Estados, visando transformar em factos as boas intenções declaradas de parte a parte, com vista a lançar, em força e intensidade, a produção de alimentos em Angola.
Sobre o encontro, Arlindo das Chagas Rangel assinalou que o mesmo se ajusta aos modelos de captação de investimentos do país, pelo que espera que as preocupações dos empresários sejam respondidas, a fim de se dar continuidade ao processo, nos próximos tempos.
Referiu existir uma similitude climatérica e de solos entre os dois países, adiantando ser o Brasil importantíssimo para a transferência de tecnologia, para a educação e diversificação económica que se pretende.
Quanto aos principais sectores para investimento em Angola apontou o agro-negócio, agricultura, indústria, saúde, educação, formação, tecnologia, infra-estruturas, construção e energia.
A par da aposta na agricultura, a presença brasileira no território nacional notabiliza-se nas áreas da mineração, petrolífera e na construção, com empresas como a Odebrecht, Petrobras, Queiroz Galvão, entre outras.
Nos últimos tempos, adiantou, a tendência de investimento é crescente no sector agrícola, com destaque para projectos como o programa no vale do Cunene, que visa transformar terras irrigadas em fontes de recursos para a segurança alimentar e para o desenvolvimento social.