Angola regista mais 70 mil novos empregos entre Janeiro e Abril de 2025


Luanda – Setenta e um mil 399 novos empregos formais foram criados em Angola, entre Janeiro e Abril de 2025, o que representa um aumento de 10 por cento face ao mesmo período do ano passado.
De acordo com o relatório mensal sobre empregos formais, suportado pela base de dados do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), estes dados confirmam uma tendência de crescimento sustentado no mercado de trabalho formal, que registou um acréscimo de sete mil 081 postos de trabalho relativamente ao primeiro quadrimestre de 2024.
Este desempenho, segundo o relatório sobre a evolução do emprego no país, está em linha com o crescimento de 2,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), no primeiro trimestre de 2025, impulsionado sobretudo pelos sectores da construção (7,8 por cento), comércio (5,3) e agro-pecuário e silvicultura (4,3).
Em termos de distribuição por género, os homens ocupam a maioria das novas vagas (74 por cento, correspondentes a 52 mil 804 empregos), enquanto as mulheres representam 26 por cento (18 mil 595 empregos).
A maior parte dos novos empregos (94 por cento) insere-se no regime de "Conta de Outrem", o que indica uma prevalência de trabalhos formais.
A província de Luanda mantém-se como o principal centro gerador de emprego, concentrando 54 por cento dos novos postos de trabalho, enquanto Benguela e Huíla contribuíram com sete e quatro por cento, respectivamente.
O documento alerta, contudo, para a distribuição desigual dos empregos no território nacional, sublinhando a necessidade de políticas públicas que incentivem um desenvolvimento mais equilibrado e inclusivo do mercado de trabalho em todo o país.
Entre os sectores que mais contribuíram para a criação de emprego destacam-se o comércio, serviços colectivos e pessoais, construção civil e indústria transformadora, referindo que esta diversificação é um sinal positivo para a economia angolana, o que demonstra a sua recuperação e a resiliência ante às adversidades recentes.
O Executivo angolano prevê incorporar, em breve, os dados das novas províncias criadas no âmbito da Nova Divisão Político-Administrativa, permitindo uma leitura mais abrangente da realidade laboral do país.
Simultaneamente, estão em curso esforços para promover a formalização das actividades e agentes económicos.
No âmbito do Fundo Nacional para o Emprego, está prevista a concessão de financiamentos a iniciativas inovadoras de micro-empresas e pessoas singulares, com a criação de uma rede nacional de microcrédito.
Por outro lado, a implementação do Observatório Nacional de Emprego permitirá ao Executivo monitorar o mercado de trabalho e calibrar as políticas económicas sensíveis ao emprego.