Angola eleita para vice-presidência da ONU Turismo para África


Luanda - Angola foi eleita vice-presidente da Comissão Regional da Organização Mundial do Turismo para África, numa reunião que decorre, desde esta quarta-feira, em Abuja (Nigéria).
Na sexagésima oitava reunião da Comissão Regional da ONU Turismo para África, onde Angola está representada pelo seu ministro do Turismo, Márcio Daniel, o país foi igualmente eleito membro do Conselho Executivo da ONU Turismo e para o Comité de Formação Online para o Turismo.
O evento está a abordar a visão estratégica para o turismo em África, a explorar tendências emergentes e a proporcionar um ambiente de colaboração para promover o papel do turismo no desenvolvimento sustentável.
Segundo se soube, o ministro do Turismo, Márcio Daniel, vai apresentar a candidatura de Angola para albergar a sexagésima nona reunião Comissão Regional da ONU Turismo para África, em 2026.
Numa nota de imprensa, o Ministério angolano do Turismo justifica que com as candidaturas o país pretende ter maior representatividade na organização, aumentar a sua influência na formulação de políticas sobre o turismo e promover a cooperação regional e integração, bem como estimular a cooperação técnica entre países africanos e a facilitação da partilha de boas práticas e conhecimentos.
“A presença de Angola nesse fórum regional, reforça o papel activo que o país pretende desempenhar na construção de uma agenda africana para o turismo mais resiliente, inclusiva e alinhada com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, lê-se no documento.
Durante a reunião, que termina esta sexta-feira, estão em debate as estratégias para impulsionar o impacto social e a educação no turismo por meio da inovação, inteligência artificial e indústrias criativas em África.
Ao integrar o Comité de Formação Online para o Turismo da ONU, um grupo técnico que tem por missão desenvolver e promover ferramentas de capacitação digital, Angola visa qualificar os profissionais do sector turístico com foco na inovação, inclusão e sustentabilidade, esclarece a nota de imprensa.
A nota de imprensa adianta que a eleição de Angola representa um reconhecimento internacional do compromisso do país com o desenvolvimento do turismo como motor de crescimento económico, criação de empregos e valorização do património cultural e natural.
A vice-presidência da Comissão Regional da ONU Turismo para África é um órgão subsidiário da ONU Turismo, responsável pela implementação dos programas e projectos ao nível do continente, facto que reforça o papel de Angola liderar a promoção e o desenvolvimento do turismo sustentável.
Como Membro do Conselho Executivo da ONU Turismo, o país passa a ser responsável pela supervisão da implementação do programa de trabalho da organização e pela tomada de decisões estratégicas de grande impacto global.
Para o ministro do Turismo, Márcio Daniel, as três posições assumidas representam um importante reconhecimento internacional do compromisso do país com o desenvolvimento do turismo como motor de crescimento económico, criação de empregos e valorização do património cultural e natural.
“Esta conquista não é apenas simbólica, mas estratégica, pois representa um passo importante na integração de Angola no turismo global, com potencial para trazer benefícios económicos, culturais e sociais, além de posicionar o país como referência em turismo sustentável em África”, realçou.
A ONU Turismo, com sede em Madrid, é uma agência especializada das Nações Unidas, como a principal organização internacional de âmbito turístico, sendo um fórum mundial para o debate das questões da política de turismo.
Da sua agenda política fazem parte temas como a competitividade, sustentabilidade, redução da pobreza, capacitação, cooperação e orientação para um turismo responsável e sustentável.
Actualmente, a organização congrega 159 países, seis membros associados e mais de 500 membros afiliados, representando o sector privado, associações, instituições de educação e autoridades turísticas locais.
Existem seis comissões regionais, em África, América, Sudeste Asiático e Pacífico, Ásia do Sul, Europa e Médio Oriente, que se reúnem pelo menos uma vez por ano.