Luanda – O ministro namibiano das Obras e Transportes, Veikko Nekundi, revelou que o seu país vai apoiar Angola na construção, manutenção e conservação de estradas, em função da sua ampla experiência na estabilização dos solos.

Em declarações à imprensa, esta segunda-feira, em Luanda, adiantou que a sua visita de quatro dias a Angola visa analisar aspectos para materializar a conservação e manutenção de estradas e constatar a construção da ligação do Caminho-de-Ferro de Moçamedes (CFM) para o seu país, definindo os passos subsequentes.

Veikko Nekundi sublinhou que, no encontro com o seu homólogo, Carlos Alberto dos Santos, foi também analisada a edificação de um guiché único para facilitar o comércio entre os dois países, a partir do posto fronteiriço de Santa Clara (província do Cunene).

Por sua vez, o ministro angolano das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos, reconheceu que a Namíbia possui uma grande experiência, no domínio de estradas de terra, e ocupa lugares cimeiros em matérias de manutenção e conservação de infra-estruturas rodoviárias, sendo uma mais-valia para a estabilização de solos e durabilidade das estradas de Angola.

Para o efeito, adiantou, foram designadas equipas técnicas de ambos os países para trabalharem no melhoramento do estado de manutenção e conservação das estradas angolanas, bem como na implementação do programa de pesagem e ajuste dos excessos de cargas sobre as vias nacionais.

Carlos dos Santos sublinhou que o encontro com o seu homólogo namibiano serviu para avaliar o desenvolvimento do programa de construção de estradas, incluindo a primeira auto-estrada que vai ligar o Sul de Angola à Namíbia e o Norte do país à República Democrática do Congo.

Revelou que na reunião foi também abordada a questão das três pontes que ligam Angola e a Namíbia, localizadas nos troços Cuangar/Nkurenkuru, Calai/Rundu e Dirico/Gciriku, regiões fronteiriças entre a província angolana do Cuando e províncias namibianas.

O ministro disse que, nos próximos dias, chega a Angola uma equipa da Namíbia para revisitar os espaços e definir os passos seguintes, tendo assegurado que os dois países concordaram em que o financiamento para a construção das três pontes seja conjunto, a partir do fundo de desenvolvimento da SADC.