Luanda acolhe em Novembro próximo Cimeira África-Europa


Luanda - A cidade acolhe, em Novembro deste ano, uma Cimeira África - Europa, de celebração dos 21 anos de parceria estratégica, informou sexta-feira em Roma, Itália, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen.
A informação, segundo o JA Online, foi prestada durante a reunião de alto nível sobre o Plano Mattei para África e o Global Gateway, que abordou o financiamento de infra-estruturas para o desenvolvimento do continente africano, com ênfase para o Corredor do Lobito.
“Nos dias 9 e 10 de Outubro vamos reunir-nos, de novo, em Bruxelas, no Global Gateway Forum e, em Novembro, nos encontraremos em Luanda, na Cimeira África - Europa”, avançou a responsável europeia, para em seguida congratular-se pelo facto de, neste ano, africanos e europeus celebrarem uma parceria de mais de duas décadas, “baseada na construção de valores comuns”.
“Esta cooperação baseia-se, também, na paz, segurança, estabilidade, progresso económico, investimentos, comércio e desenvolvimento de infra-estruturas. Há muitos projectos que foram levados adiante até agora em muitos países, por muitos membros e, também, iniciativas transfronteiriças graças ao apoio da União Europeia”, afirmou.
Ursula von der Leyen sublinhou que a Europa fortaleceu, ainda mais, a parceria com a África, “sobretudo os países que se encontram ao longo das rotas migratórias”, que trabalham nos programas de investimento comum.
“Sabemos todos que a África precisa dos seus talentos, das suas competências, de empresários e da sua força de trabalho. No que diz respeito à parceria sobre migração, inclui não apenas os migrantes, mas uma ampla gama de temas ligados ao desenvolvimento económico”, referiu.
Para a presidente da Comissão Europeia, o mais importante é melhorar as políticas de migração, sustentando vislumbrar já alguns resultados positivos, citando, a título de exemplo, a redução de migrações ilegais nos últimos meses, uma tendência que garantiu continuar ao longo dos últimos meses.
Disse que Apesar da redução considerável no fenómeno da migração ilegal de africanos, ainda se perdem muitas vidas todos os anos, “devido ao tráfico de seres humanos,cujos responsáveis “conseguem lucros enormes”. “Essa deve ser uma prioridade da nossa agenda, como foi acertada pelos líderes do G7 há poucos dias.
A solução para este desafio reside na prosperidade na África
Indicou que deve haver uma colaboração muito sólida e uma partilha da prosperidade e dos avanços cada um no seu próprio país.
Uma das soluções, prosseguiu a presidente da Comissão Europeia, passa por oferecer oportunidades concretas aos jovens que buscam por um futuro melhor, enfatizando a importância da realização de encontros como estes, promovido no Villa Doria Pamphilj, em Roma, que permitem realizar avanços concretos no programa comum de prosperidade compartilhada e segurança.
A Cimeira sobre o Plano Mattei para a África e o Global Gateway: um esforço conjunto com o continente africano, em Roma, foi presidida pela Primeira-Ministra da Itália, Giorgia Meloni, e pela presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen.
Redução da dívida dos países africanos de baixo rendimento
A presidente da Comissão Europeia revelou, também, em Roma, durante as declarações proferidas à imprensa, a possibilidade de redução da dívida dos países africanos de baixo rendimento.
A iniciativa, de acordo com Ursula von der Leyen, prevê converter todo o montante da dívida das nações menos desenvolvidas, de acordo com os critérios do Banco Mundial, nos próximos 10 anos, e reduzir em 50 por cento a das nações de baixo e médio rendimento.
“Toda a operação, ao longo dos 10 anos, permitir-nos-á converter aproximadamente 235 milhões de euros de dívida em projectos de desenvolvimento, a serem implementados no local”, esclareceu, para em seguida ressaltar que está “particularmente orgulhosa” pela referida iniciativa.
Ursula von der Leyen informou, ainda, que a iniciativa, anunciada no ano do Jubileu, representa um tema sobre o qual “o Papa Francisco considerava não apenas uma questão económica,mas também de justiça, dignidade humana e consciência colectiva”.