PETRóLEO
Assinada adenda para aumento da produção petrolífera

12/06/2025 10h49
Luanda – Uma adenda ao contrato de partilha da área de concessão do bloco 17 foi assinado, esta quarta-feira, em Luanda, pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e cinco empresas petrolíferas para o aumento da produção em Angola.
Assinaram o acordo, que visa também melhorar as instalações da plataforma do bloco 17 (campo Dália), as petrolíferas Sonangol, Total Energies, Equinor, ExxonMobil e Azule Energy, prevendo-se um investimento de seis mil milhões de dólares, nos próximos cinco anos, com a extensão da operação até 2045.
O secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, disse que a adenda representa um crescimento da capacidade de produção, aumento do emprego, transferência tecnológica, capacitação de quadros nacionais e desenvolvimento económico.
Jânio Correia Victor adiantou que o documento assinado constitui um passo importante e decisivo para assegurar que os recursos existentes continuem a produzir e a desempenhar o papel de dinamizar a economia nacional.
Recordou que o sector de petróleo e gás enfrenta desafios significativos decorrentes da maturidade dos campos e da crescente competitividade global, apesar de Angola demonstrar resiliência e uma notável capacidade de adaptação assente em políticas de abertura e concertação com os investidores.
Reafirmou que o Executivo angolano mantém o seu compromisso em garantir que os recursos naturais do país sejam explorados com responsabilidade, visão estratégica, conforto e bem-estar das comunidades, bem como o fortalecimento do conteúdo local.
Por seu lado, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, apontou o campo Dália como uma das maiores áreas descobertas, nos anos 90, em Angola, encontrando-se numa fase madura de produção, com uma partilha favorável, sendo 90 por cento do Estado e 10 dos investidores.
Adiantou que, em condições normais, a plataforma estaria a produzir, até o final da vida útil, cerca de 120 milhões de barris, mas com estes incentivos a produção pode chegar até 500 milhões de barris.
Por sua vez, o director-geral da Total Energies, Martin Deffontaines, destacou a importância do acordo para estimular o crescimento do sector do petróleo e gás, garantindo o espírito dinâmico e inovador.
O bloco 17 está localizado entre 150 e 200 quilómetros ao largo da costa angolana e é operado pela Total (40 por cento das acções), Equinor (23,33), ExxonMobil (20) e BP (16,67).