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Países Baixos pretendem tornar Benguela num exportador de frutas secas

Países Baixos pretendem tornar Benguela num exportador de frutas secas
Países Baixos pretendem tornar Benguela num exportador de frutas secas Imagens: DR

Redacção

Publicado às 13h11 19/07/2025

Benguela – Os Países Baixos manifestaram disponibilidade para cooperar com a classe empresarial de Benguela na formação, investimento e inovação dos agroprodutores, a fim de tornar a província num fornecedor competitivo de frutas secas ao mercado europeu.

Esta manifestação foi adiantada pelo assessor financeiro e económico sénior da Embaixada dos (AEB), recentemente assinado.

O memorando visa alavancar a produção, transformação e exportação de frutas secas da província de Benguela, como ananás, manga, banana e mamão, para o mercado holandês.

Para atingir esse objectivo, Armindo Teuns anunciou a formação dos produtores de frutas secas e desidratadas da província de Benguela, que será ministrada por peritos holandeses.

“Nós precisamos de produtos de qualidade. Em Setembro vamos ter o primeiro workshop que é uma acção concreta deste memorando e vamos trazer peritos holandeses para Benguela”, disse, referindo ser pretensão dos Países Baixos trabalhar mais na vertente da elaboração de planos de negócios.

Agora, disse Armindo Teuns, a expectativa é que até o fim do ano seja aprovado o plano de negócios por parte dos Países Baixos, incluindo o financiamento, para o projecto-piloto na província de Benguela.

É que a implementação deste projecto vai permitir à província desenvolver a cadeia de valor e realizar exportações de frutas secas para o mercado europeu, onde elas são amplamente aceites.

Por esse motivo, aponta a formação dos agricultores e empreendedores que se dedicam ao processamento de frutas secas como um passo importante, de maneira a desenvolver em conjunto um projecto sustentável.

Também frisou os estudos para avaliar o potencial da província na produção, transformação e comercialização de frutas, como manga e ananás na sua forma desidratada, cujo resultado positivo levou à formalização desse acordo de cooperação.

Na prática, explicou que uma das metas desta parceria com a Aliança Empresarial de Benguela é também inserir peritos holandeses no ecossistema agrícola local, para trabalharem juntamente com as empresas.

Para já, diz que se pretende identificar os potenciais produtores de frutas secas, realçando que o acordo é aberto a todos quantos estiverem interessados, seja no litoral ou no interior da província.

Sobre a data da primeira exportação, Armindo Teuns acredita que pela forma como as coisas estão a andar, com o apoio do Governo Provincial de Benguela, ainda este ano haverá resultados, nem que seja para ensaio.

“Tudo dependerá da capacidade dos produtores locais. Vamos trabalhar rápido, mas bem”, afiançou, dando a entender que os Países Baixos têm todas as condições para que o acordo se traduza em projectos concretos.

Aliás, o representante da Embaixada dos Países Baixos deixou a garantia de que o memorando inclui apoio aos produtores com equipamentos, no intuito de modernizar o processo de transformação de frutas secas ainda feito de forma artesanal em Benguela.

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