PETRóLEO

Petróleo rendeu a Angola cerca de 5,6 mil milhões de dólares no segundo trimestre

Produção de petróleo - DR
Produção de petróleoImagem: DR

25/07/2025 10h51

Luanda - Angola exportou cerca de 82,92 milhões de barris de petróleo bruto, avaliados em 5,6 mil milhões de dólares, no segundo trimestre do corrente ano, soube-se, esta quinta-feira, em Luanda.

De acordo com o secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Victor, a China foi o principal destino das exportações, com 55,81 por cento do total, seguida da Indonésia (9,27), Índia (8,39), Holanda (5,96) e Espanha (quatro por cento).

Ao apresentar os dados na abertura do balanço preliminar das exportações de petróleo bruto e gás natural, Jânio Victor adiantou que, em relação ao gás natural, as exportações, no segundo trimestre, totalizaram cerca de 1,35 milhões de toneladas métricas, com destaque para o LNG, correspondente a cerca de 86 por cento do total exportado.

O valor bruto das exportações de gás natural totalizou aproximadamente 754,7 milhões de dólares, representando um aumento de 19,1 por cento, face ao período anterior, enquanto o valor bruto apresentou um decréscimo de cerca de 2,2 por cento, revelou o secretário de Estado.

Disse que a maior parte do LNG exportado destinou-se a Europa, que recebeu 52,67 por cento do volume total, seguida da Ásia, com 41,60 por cento, enquanto entre os países exportadores, a Índia destacou-se como o principal destino, com cerca de 36 por cento, seguida da Espanha (30).

Sublinhou que, no período em análise, o comportamento dos preços do petróleo no mercado internacional caracterizou-se por uma acentuada volatilidade, resultante da influência combinada de factores geopolíticos, económicos e de mercado.

Recordou que, em consequência de tal cenário, os preços registaram oscilações significativas, sem seguir uma trajectória contínua, reflectindo a sensibilidade do mercado a eventos que, em diferentes momentos, reforçaram ou atenuaram as expectativas quanto ao equilíbrio entre a oferta e a procura.

A pressão descendente sobre os preços foi impulsionada também pelo agravamento da guerra comercial entre os Estados Unidos da América e a China, com a imposição recíproca de tarifas elevadas, pelo aumento da produção da OPEP+, do Cazaquistão e da Guiana, bem como pela acumulação de stock de petróleo bruto e produtos refinados norte-americanos, enfatizou.

Salientou que se acresce a tudo isso o fraco rácio de utilização das refinarias, a retoma das operações petrolíferas no Canadá e a revisão em baixa das previsões de crescimento económico, factores que alimentaram as expectativas de sobre oferta e o abrandamento da procura.

Mais lidas


Últimas notícias