Angola necessita criar um milhão de empregos por ano

Luanda - O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, afirmou, esta terça-feira, que Angola precisa criar anualmente cerca de um milhão de novos empregos para responder ao crescimento acelerado da sua população.

José de Lima Massano falava no segundo dia das terceiras jornadas parlamentares do MPLA, que decorrem no município do Waco Kungo (província do Cuanza Sul), tendo feito um diagnóstico da economia angolana e os desafios que se impõem à governação.

Adiantou que, com uma taxa de crescimento populacional de 3,3 por ano ao ano, o país poderá atingir os 35 milhões de habitantes já em Agosto do corrente ano, segundo projecções do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Este ritmo exige, segundo o ministro, “condições básicas para mais um milhão de pessoas por ano”, incluindo educação, saúde, alimentação, energia e, sobretudo, emprego, indica um despacho do jornal O País.

“Se não tivermos uma economia capaz de criar oportunidades para os seus cidadãos, o ciclo de pobreza não apenas vai se manter, como se alargará”, advertiu José de Lima Massano, reconhecendo que, apesar de algumas melhorias, a economia angolana continua excessivamente dependente do sector petrolífero, que ainda garante cerca de 90 por cento das receitas cambiais.

"Esta dependência torna o país vulnerável a choques externos e impede a criação massiva de empregos", sublinhou.

“O petróleo até pode financiar outros sectores, mas não é um sector gerador de muitos postos de trabalho", enfatizou, sublinhando que "a diversificação não é uma opção, é uma necessidade estratégica”.

O ministro de Estado, que falava na sessão temática subre o tema “O estado da economia angolana”, apresentou dados que mostram que a economia angolana cresce ao ritmo do petróleo, ou seja quando o preço do barril sobe a economia melhora, quando cai, há retracção e aumento da inflação".