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Angola formaliza entrada na África Finance Corporation

Embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau, (dir.) entrega bandeira de Angola na AFC - Cedida
Embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau, (dir.) entrega bandeira de Angola na AFCImagem: Cedida

31/07/2025 16h54

Luanda - A República de Angola formalizou a sua entrada na África Finance Corporation (AFC) com a entrega da sua Carta de Adesão, assinada pelo Presidente João Lourenço, esta quarta-feira, na sede da organização, em Lagos (Nigéria).

A Carta de Adesão foi oficialmente entregue ao presidente do Grupo Samaila Zubairu, pelo embaixador de Angola na Nigéria, José Bamóquina Zau.

Na carta, o Presidente João Lourenço escreve que “A Assembleia Nacional, nos termos das disposições combinadas da alínea k) do artigo 161º e da alínea f) do n.o 2 do artigo 166º, ambos da Constituição da República de Angola, aprovou, para Adesão da República de Angola, o Acordo para o Estabelecimento da Africa Finance Corporation (AFC), através da Resolução n.o 9/25, de 19 de Março”.

No documento, João Lourenço dá por válido e garantido o procedimento do qual Angola passa a ter direito de preferência, garantias de créditos para financiar planos de negócios estruturados nos domínios da energia, indústria, transporte e logística, telecomunicações e agricultura.

O Embaixador José Bamóquina Zau aproveitou o encontro para entregar oficialmente a Bandeira Nacional de Angola que doravante será hasteada na sede da instituição, em Lagos, indica uma nota de imprensa da embaixada de Angola na Nigéria.

A África FinanceCorporation foi criada para impulsionar a crescente necessidade de infra-estruturas em África e promover o crescimento económico sustentável, através do financiamento de projectos de infra-estruturas, exploração de recursos naturais, indústria pesada, energia, transportes e telecomunicações.

Está presente em 36 países africanos com uma carteira de investimentos superior a 10 mil milhões de dólares, voltados para estruturação de projectos, investimentos directos e consultoria financeira.

O histórico da AFC em Angola está ligado à mobilização de sindicatos bancários para financiar investimentos nos projectos das terras raras, no Longonjo (província do Huambo) e na refinaria de Cabinda.

O projecto de terras raras do Longonjo explora minérios como neodímio e praseodímio, utilizados em tecnologias modernas consideradas estratégicas para a diversificação de cinco por cento do mercado global de óxidos, podendo vir a gerar cerca de 500 empregos directos.

Em 20 de operações da mina a céu aberto, calcula-se que venha produzir quatro mil e 200 toneladas de neodímio e praseodímio, úteis para a indústria de veículos eléctricos, peças electrónicas e turbinas eólicas.

Por seu lado, a refinaria de Cabinda tem uma capacidade nominal para processar 60 mil barris de petróleo por dia.

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