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FADA financia avicultores com cerca de 800 milhões de kwanzas

Produção de ovos conta com financiamento do FADA
Produção de ovos conta com financiamento do FADA Imagens: DR

Redacção

Publicado às 11h56 26/08/2025

Luanda - Cerca de 800 milhões de kwanzas vão ser disponibilizados pelo Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Agrário (FADA) para impulsionar a produção de frango, na província da Huíla, e transformar a região num dos principais pólos avícolas do país.

A iniciativa foi oficializada, recentemente, na cidade do Lubango, com a assinatura de contratos de financiamento que marcam a primeira fase de implementação do programa.

O administrador executivo do FADA, Renato Baptista, sublinhou que o investimento traduz o compromisso do Executivo em apoiar a juventude empreendedora e consolidar a auto-suficiência alimentar.

"A Huíla é uma província com forte vocação agrícola e, com este financiamento, queremos que os jovens avicultores transformem esse potencial em resultados concretos", adiantou Renato Baptista, enfatizando que a meta é reduzir a dependência das importações de frango e criar condições para que o país produza aquilo que consome.

Revelou que cada jovem beneficiário vai receber entre 12 e 20 milhões de kwanzas, permitindo a aquisição de inputs e equipamentos necessários para iniciar ou reforçar a sua actividade.

Por seu lado, o presidente da Cooperativa dos Avicultores da Huíla, Miguel Kalandula, revelou que esta primeira fase contempla 40 jovens e vai permitir alcançar uma produção de cerca de 80 mil frangos, a cada ciclo de 45 dias.

“Estamos a dar um salto histórico para a avicultura da Huíla. Estes 800 milhões de kwanzas vão garantir que os nossos associados tenham condições reais de produção. A província passará a ser uma referência no sector e o impacto vai reflectir-se tanto na economia, como na mesa das famílias angolanas”, sublinhou.

Miguel Kalandula acrescentou que os recursos não estarão disponíveis para livre movimentação, sendo exclusivamente direccionados para a compra de insumos, para evitar desvios e assegurar o sucesso do programa.

Adiantou que, a partir de Outubro, será aberta a segunda fase de candidaturas, para incluir mais jovens na cadeia produtiva, reconhecendo que a procura é grande e a necessidade do país também, pelo que se pretende atrair cada vez mais jovens para a actividade, visando produzir frango e gerar emprego, rendimento e estabilidade alimentar.

Como parte da estratégia, está em curso uma negociação com a Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA) para proteger os investimentos e minimizar os riscos da actividade, com a criação de mecanismos que assegurem a continuidade do negócio, mesmo diante de eventuais imprevistos.

"O seguro agrícola é um passo fundamental para dar confiança aos produtores”, explicou.

Com este financiamento, a Huíla reforça a sua posição como uma das regiões agrícolas mais estratégicas do país, estando a avicultura a ganhar espaço e nova dimensão, através de pequenos e médios produtores, com capacidade de produção em escala e geração de emprego para centenas de famílias.

O projecto enquadra-se no esforço do Executivo de diversificar a economia, reduzir importações e aumentar a produção nacional de alimentos, um desafio considerado central para o desenvolvimento sustentável de Angola.

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