ABASTECIMENTO DE áGUA

Cobertura no abastecimento de água a Luanda e Icolo e Bengo em 65 por cento até 2027

Presidente da República, João Lourenço, durante a visita as obras da Quilonga e Bita - CIPRA
Presidente da República, João Lourenço, durante a visita as obras da Quilonga e BitaImagem: CIPRA

07/08/2025 09h07

Luanda - O ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, assegurou, esta quarta-feira, que o fornecimento de água às províncias de Luanda e Icolo e Bengo vai atingir 65 por cento de cobertura, até 2027, quando terminarem as actuais obras dos projectos Quilonga Grande e Bita.

João Baptista Borges, que prestava informações durante a visita do Presidente da República, João Lourenço, àqueles projectos, adiantou neste momento a taxa nacional de acesso à água ronda os 56 por cento, enquanto a de Luanda é inferior a do país e está fixada em 46 por cento de acesso a rede pública de abastecimento.

Recorde-se que o Presidente da República, João Lourenço, constatou, esta quarta-feira, o andamento das obras do projecto Quilonga Grande, no município do Bom Jesus, província de Icolo e Bengo.

Segundo o ministro, Luanda regista insuficiência no abastecimento de água, devido a sua densidade populacional, actualmente a rondar os 13 milhões de habitantes, que registou um crescimento considerado muito dinâmico, enquanto as infra-estrutura de abastecimento de água não cresceram na mesma proporção.

Sublinhou que os actuais projectos do Bita e da Quilonga deviam ter sido executados, a partir de 2010.

Revelou que, nos últimos cinco anos, estão a ser investidos, em projectos de abastecimento de água, mais de 2.1 mil milhões de dólares, apenas em Luanda.

Enfatizou que os projectos do Bita e da Quilonga vão produzir 750 mil metros cúbicos de água, captada do rio Kwanza, que será armazenada em centros de distribuição e aduzida para a rede de distribuição e canalizada para as zonas residenciais, quer novas, onde serão feitas ligações domiciliares, assim como antigas áreas onde existe a rede mas sem regularidade no fornecimento.

João Baptista Borges deu a conhecer a existência de um projecto que visa recuperar a capacidade disponível, em termos nominais, que vai resultar em mais 180 mil metros cúbicos, actualmente indisponíveis por inoperância do sistema.

Adiantou que decorrem acções de reabilitação nas principais estações de distribuição, assim como está prevista a construção de três novas estações de tratamento de água, sendo duas no Kilamba e uma na zona do Zango, com conclusão prevista para 2027.

Disse existirem outras acções em curso viradas para a melhoria da eficiência comercial da Empresa de Águas de Luanda (EPAL) e o cadastro da rede de distribuição de água, em Luanda.

Apontou ainda como desafios a necessidade de se reparar a rede de distribuição, após a tubagem entrar em carga, em 2027, a revisão da rede de saneamento, assim como a adopção de um modelo de gestão com a participação de privados.

Esta é a segunda vez que o Presidente da da República visita as obras, iniciadas em 2025, actualmente com um nível de execução física acima 50 por cento.

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