João Lourenço constata andamento das obras do porto do Caio em Cabinda


Cabinda - O Presidente da República, João Lourenço, avaliou, esta segunda-feira, o andamento das obras do Porto de Águas Profundas do Caio, em Cabinda, cuja execução está em cerca de 65 por cento.
João Lourenço foi informado sobre a construção, que inclui redes técnicas de energia e água, cais acostável de 750 metros, quebra-mar e infra-estruturas portuárias em cerca de mil e 400 metros, além da futura zona franca com cerca de 300 hectares.
Segundo o presidente do Conselho de Administração do Porto de Cabinda, José Kuvingua, as obras registam progressos significativos, estando prevista a conclusão da primeira fase, em Dezembro do corrente ano.
Considerada estratégica para o desenvolvimento económico da província, a infra-estrutura vai posicionar Cabinda como um futuro centro logístico e de distribuição regional, disse José Kuvingua.
Dados oficiais indicam que as obras estão em 65,58 por cento de execução física e 77,4 por cento de execução financeira, com destaque para a construção da ponte-cavalete de 500 metros, concluída em 83,2 por cento, o molhe de acesso e respectivo alargamento de mil e 500 metros, com 46,6 por cento de execução, e o quebra-mar de 700 metros, executado em 75,38 por cento.
O aterro hidráulico encontra-se praticamente finalizado, com 98,2 por cento, foi revelado.
A infra-estrutura vai contar, na sua primeira fase, com um cais acostável de 700 metros, um parque de contentores de 45 hectares, áreas de armazenagem para carga geral, além de parque automóvel.
Está igualmente projectado um canal de aproximação de 25 quilómetros e 15 metros de profundidade, um círculo de manobras de 600 metros de diâmetro e uma bacia de atracação com 14 metros de profundidade.
O terminal foi concebido em conformidade com as recomendações da Organização Marítima Internacional (OMI), alinhado às exigências globais de descarbonização e digitalização portuária.
O futuro porto do Caio, apontado como catalisador do desenvolvimento regional, terá potencial para gerar até mil 600 empregos directos, na sua fase inicial de operações, e criar, de forma indirecta, outros cerca de 30 mil postos de trabalho.
As autoridades estimam que a entrada em funcionamento do terminal poderá contribuir com um impacto económico positivo de 20 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) de Cabinda, reduzindo a taxa de desemprego provincial para cerca de 16 por cento.
A sua entrada em funcionamento vai reduzir custos logísticos e reflectir-se na diminuição dos preços de bens de consumo, devido a descontinuidade geográfica do território de Cabinda, em relação ao resto do país.