Economia

Economia


PUBLICIDADE

Investimentos em concessões petrolíferas atinge 84 mil milhões de dólares

Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás
Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás Imagens: Cedida

Redacção

Publicado às 11h23 05/09/2025

Luanda - Os investimentos em concessões petrolíferas activas e novos contratos em Angola atingiram cerca de 84 mil milhões de dólares, entre 2017 e 2024, revelou, esta quarta-feira, em Luanda, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleos e Gás, Diamantino Azevedo.

Ao discursar na abertura da sexta Conferência Internacional de Petróleo e Gás, aberta pelo Presidente da República, João Lourenço, adiantou que, no período de 2025 a 2029, está previsto um investimento adicional de 72 mil milhões de dólares em várias concessões já atribuídas.

As concessões, esclareceu, enquadram-se na estratégia de licitação e de exploração, aprovadas para mitigar o declínio da produção petrolífera, sublinhando que, 2017 a 2025, foram renovados os contratos de vários blocos, que permitiu, não só manter os grupos empreiteiros em Angola, mas também aumentar as receitas para o Estado angolano.

Realçou que, até ao momento, a estratégia de licitação resultou na adjudicação de 35 blocos, com destaque para o 18 (bacia do Baixo Congo), 11 (bacia do Kwanza) e 06 (bacia do Namibe), revelando que estão concluídas as negociações para outras 13 concessões, cujos contratos estão em fase de aprovação.

Diamantino Azevedo recordou que, desde 2016, a produção petrolífera regista baixa, com quedas de até 15 por cento ao ano, devido a um modelo de governação não adaptado ao novo contexto da indústria e ausência de legislação.

Apontou ainda a ausência de processos de licitação de novas concessões, maturidade dos campos, redução do investimento em exploração e aumento da concorrência mundial na captação de financiamento, devido ao surgimento de novos países com potencial de enormes reservas de petróleo e gás, como outros factores que influenciam a baixa da produção.

Salientou que, a partir de 2017, foi iniciado um ciclo de reformas estruturantes, que trouxe transparência, eficiência e competitividade, tornando Angola novamente atractiva ao investimento privado.

Promovida pela Energy Capital And Power, a sexta Conferência Internacional de Petróleo e Gás enquadra-se nos 50 anos da Independência Nacional e debateu o futuro do sector petrolífero em Angola e em África, discutiu inovações tecnológicas, atraiu investimentos e foram assinados acordos.

Participaram na conferência líderes governamentais, executivos de topo da indústria petrolífera, investidores internacionais, promotores de projectos, entre outros mais de dois mil e 500 delegados pantes de vários países do mundo.

Foi realizada com apoio do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleo (IRDP), da Sonangol e da Câmara Africana de Energia.

A conferência decorreu sob o lema "Angola 50 Anos: Petróleo e gás como motor de desenvolvimento", tendo debatido temas como “aumentar a produção através de reformas favoráveis ao investimento”, “oportunidades de negócio em Angola”, “impacto do Decreto de Produção Incremental - lições aprendidas”, “indústria petrolífera e de gás como catalisador da transformação económica” e “o papel das operações onshore e em águas rasas na manutenção dos níveis de produção”.

PUBLICIDADE