Fundo Soberano registou um crescimento de 137 por cento no I semestre deste ano


Luanda - O Fundo Soberano de Angola registou, nos primeiros seis meses deste ano, um crescimento histórico de 137 por cento no resultado líquido, alcançando o melhor desempenho desde a sua criação em 2012.
O resultado líquido fixou-se em 187,96 milhões de dólares, mais do que duplicando o valor do período homólogo de 2024 (USD 79,24 milhões).
De acordo com as Demonstrações Financeiras Intercalares referentes ao período findo em 30 de Junho de 2025, o Fundo Soberano de Angola (FSDEA) realça o facto de ter registado um desempenho robusto e sustentado.
Os activos totais, no primeiro semestre, atingiram 4,19 mil milhões de dólares, representando uma subida de 5,0 por cento face aos 3,99 mil milhões de dólares registados a 31 de Dezembro de 2024.
De acordo com o Fundo, o desempenho foi impulsionado por dois factores principais, designadamente os investimentos líquidos, cuja carteira beneficiou da dinâmica positiva dos mercados internacionais, gerando ganhos de capital de 123,76 milhões de dólares, resultantes da valorização de instrumentos de dívida e capital, com destaque para o sector Tecnológico.
Esta carteira assegurou ainda 25,26 milhões de dólares em juros e dividendos, superando os 25,22 milhões de dólares registados em Junho de 2024; e, por outro lado, o factor que contribui para a subida dos resultados foram os investimentos alternativos, que contribuíram com 46,71 milhões de dólares, através das subsidiárias e participadas, em contraste com a ausência de ganhos no período homólogo de 2024.
O presidente do Conselho de Administração, Armando Manuel, citado numa nota enviada ao Jornal de Angola, estes resultados confirmam a consistência da estratégia de alocação de activos definida para o quinquénio 2024-2028, combinando a preservação do capital com a maximização de retornos sustentáveis e impacto sócio-económico positivo para Angola.
“O FSDEA reitera o seu compromisso em continuar a investir em activos diversificados, alinhados com a sua política de longo prazo, contribuindo para a criação de valor, a transferência de riqueza entre gerações e o desenvolvimento económico do país”, lê-se no documento.