Carteira de investimentos de Angola em revisão


Luanda – O ministro do Planeamento, Victor Hugo Guilherme, revelou, em Washington, que Angola vai rever a sua carteira de investimentos junto do Banco Mundial, no quadro do bom relacionamento do país com a instituição financeira.
Em declarações à imprensa, à margem da participação da delegação angolana ipa nas reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que iniciaram segunda-feira última, Victor Hugo Guilherme adiantou que o país vai rever pontos que podem ser alterados nos projectos em implementação, com financiamento das duas instituições financeiras.
Victor Hugo Guilherme, que chefia a delegação angolana às reuniões, recordou que um dos principais objectivos das instituições financeiras é reforçar a cooperação internacional com Angola, que precisa expandir a sua carteira de financiamentos para implementação de vários projectos, visando cumprir as metas estabelecidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023/2027.
Sublinhou que o país está a trabalhar para o apoio orçamental, como um dos projectos em carteira, assim como tratar com o Banco Mundial a possibilidade de aumentar os apoios ao sector da agricultura.
Salientou que a participação do país nas reuniões anuais visam alargar a cooperação com as duas instituições multilaterais, manter encontros estratégicos com o sector privado e participar em palestras interactivas com os grandes operadores da economia mundial, financiadores, técnicos, empresas e outras instituições internacionais.
Adiantou que a delegação angolana vai abordar a cooperação com o FMI, com foco na criação de emprego, sobretudo para jovens, e na melhoria das condições das populações mais carenciadas.
Recorde-se que a agenda da delegação angolana inclui a participação na reunião do Caucus Africano com o presidente do Banco Mundial, bem como no encontro de ministros e governadores do G24, dedicado ao tema “Reforçar a resiliência interna num mundo propenso a choques”.
A delegação, que integra o secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, participa ainda numa sessão destinada aos países da África Austral e Oriental altamente vulneráveis a choques climáticos, centrada no tema “Proteger os meios de subsistência e empregos com soluções de financiamento escaláveis e seguros contra riscos de catástrofes em África”.
Consta também da agenda, a discussão sobre o financiamento de projectos de infra-estruturas e de gás, actualmente em curso, nomeadamente os ferroviário Luena-Saurimo e do cabo eléctrico Cabinda-Soyo.