Luanda – O secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, reiterou, esta terça-feira, em Washington (EUA), que Angola continua a trabalhar na implementação de medidas que promovam reformas, nos domínios fiscal e monetário, para estar alinhada às melhores práticas.

Em declarações à imprensa, depois de uma reunião com o director para a África do Fundo Monetário Internacional (FMI), Abebe Selassie, adiantou que o encontro serviu para mostrar as principais variações ocorridas nos principais indicadores do Produto Interno Bruto(PIB) do país.

Sublinhou ter partilhado com o FMI a visão e projecção de crescimento para 2025, fixada em três por cento, assim como a estimativa da taxa de inflação, que espera se situe abaixo dos 18 por cento, até ao final do ano, e as principais reformas em implementação.

Disse ter solicitado o apoio para trabalhar com o Fundo Monetário Internacional, visando melhorar a percepção de risco de países como Angola no mercado internacional, sublinhando que, apesar do país estar com acesso aos mercados, o nível de risco que dá a taxa de juros abaixo de 10 por cento das cotações pode ser melhorado.

Referiu que o encontro, enquadrado nas reuniões anuais do Banco Mundial e FMI, iniciadas a 13 do corrente mês, serviu para perceber quais são as principais tendências e riscos que os países devem tratar e cuidar para que sejam capazes de ultrapassar os choques que as economias irão sofrer no futuro.

No caso particular da Angola, adiantou que o país tem estado a trilhar um bom caminho, do ponto de vista do saldo global que está a perspectivar para o final do ano, reconhecendo que o país continua a ter desafios, no domínio do saldo primário não petrolífero.

A delegação angolana que participa nas reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI, chefiada pelo ministro do Planeamento, Victor Guilherme, esteve no encontro do Caucus africano com a directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, que visita Angola em Novembro próximo.

De sublinhar que a delegação participou igualmente nas reuniões do Grupo da Constituência de África, na ministerial e na dos governadores do G24, bem como manteve um encontro com o vice-presidente do Banco Mundial para África Austral e Oriental, Ndiamé Diop.

Integram a delegação angolana responsáveis dos ministérios das Finanças, Planeamento e Transportes, assim como do Banco Nacional de Angola (BNA).

As reuniões anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional terminam este sábado.

Angola é membro do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional desde 1989.